O CART-T é uma das novas opções de abordagem da doença, que é um dos tipos de câncer mais comuns entre crianças no Espírito Santo
A leucemia é um tipo de câncer que afeta o sangue e
a medula óssea e que representa cerca de 3% de todos os casos de câncer no
Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Neste contexto, a
campanha Fevereiro Laranja reforça a necessidade de desmistificar a doença,
promover o diagnóstico precoce e informar a população sobre os avanços no
tratamento, por exemplo, com a terapia celular CAR-T.
Este câncer ocorre devido a uma produção anormal de
leucócitos (glóbulos brancos) na medula óssea, o que compromete o sistema
imunológico e a capacidade do organismo de combater infecções. Existem diversos
tipos, sendo os mais comuns a leucemia linfoide aguda (LLA), a leucemia
mieloide aguda (LMA), a leucemia linfoide crônica (LLC) e a leucemia mieloide
crônica (LMC).
No Espírito Santo, dados do Registro de Câncer de
Base Populacional indicam que a doença é responsável por uma proporção
significativa dos diagnósticos de câncer infantil e também afeta adultos,
especialmente os idosos.
“Os sintomas da leucemia podem ser confundidos com
condições mais simples, como viroses. No entanto, sinais como cansaço extremo,
febre persistente, infecções recorrentes, perda de peso inexplicada,
sangramentos frequentes e manchas roxas na pele merecem atenção imediata”,
alerta o oncologista Douglas Couvre, da Oncoclínicas Espírito Santo. Esses
sinais, quando combinados, podem indicar alterações na produção das células
sanguíneas e devem ser investigados por um especialista.
Avanços no tratamento: terapia celular CAR-T
Nos últimos anos, a medicina tem alcançado avanços
significativos no tratamento da leucemia. Um dos destaques é a terapia celular
CAR-T, uma abordagem inovadora que utiliza as próprias células do sistema imunológico
do paciente, modificadas geneticamente, para combater as células cancerígenas.
“A terapia CAR-T representa um marco na oncologia,
especialmente para pacientes com leucemia resistente a outros tratamentos.
Embora ainda não esteja amplamente disponível no Brasil, ela já é uma realidade
em centros de referência e tem mostrado resultados promissores”, destaca a
oncologista Juliana Velozo Scatolino, também da Oncoclínicas Espírito Santo.
Além disso, os tratamentos convencionais, como
quimioterapia, transplante de medula óssea e imunoterapia, continuam sendo
eficazes e amplamente utilizados, especialmente quando o diagnóstico é feito
precocemente.
“Identificar a leucemia em estágios iniciais
aumenta consideravelmente as chances de sucesso no tratamento”, reforça Douglas
Couvre. Por isso, estar atento aos sinais e realizar exames regulares é
fundamental, especialmente para pessoas que possuem histórico familiar da
doença ou são expostas a fatores de risco, como radiação e produtos químicos.
Campanhas como o Fevereiro Laranja buscam informar
a população e incentivar a doação de medula óssea, um gesto que pode salvar
vidas. O cadastro pode ser feito em hemocentros de todo o Brasil, como o
Hemoes, no Espírito Santo. Ser um doador de medula óssea é simples, mas pode
fazer toda a diferença para pacientes que aguardam um transplante.
Oncoclínicas&Co
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