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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Além do código: carreira em tecnologia nem sempre exige especialização

 

Muitas pessoas acreditam que, para trabalhar em uma empresa de tecnologia, é necessário ser um especialista na área, com conhecimentos aprofundados em desenvolvimento de software ou engenharia de sistemas. Contudo, essa visão não reflete a realidade. As áreas cross, que envolvem negócios, vendas, marketing, recursos humanos e backoffice têm um papel fundamental no ecossistema tecnológico e são igualmente promotoras de transformação nas empresas. 

De certa forma, profissionais de todas as áreas que atuam em empresas de tecnologia são também profissionais de tecnologia, pois eles contribuem para o sucesso do setor ao alinhar suas práticas focadas em inovação às demandas do mercado por meio de estratégias comerciais robustas e geração de experiências para clientes e colaboradores. Essa integração entre habilidades técnicas e não técnicas é o que impulsiona a Transformação Digital de forma completa em qualquer ambiente. 

É essencial fazer essa reflexão, especialmente quando ouvimos jovens dizendo que desejam trabalhar com tecnologia, mas acreditam que isso implica, necessariamente, em migrar para áreas de desenvolvimento ou engenharia de software. Muitos desconhecem que há um universo de possibilidades em outras funções dentro de empresas do setor de TI permitindo o desenvolvimento de carreiras alinhadas às suas habilidades e aos seus interesses. 

Segundo a Brascomm (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação de Tecnologias Digitais), serão demandadas 800 mil vagas para tecnologia em 2025 no país, mas o Brasil forma apenas 53 mil colaboradores no ano, o que exemplifica o déficit de mão de obra. Além disso, o contexto é promissor. Segundo a Advance Consulting, o mercado brasileiro de tecnologia cresceu 22% no segundo trimestre de 2024 em relação a igual período do ano anterior e, esse ano, deve continuar expandindo. 

Nesse cenário, é preciso entender que “qualificação” vai muito além do conhecimento puramente técnico. As empresas buscam profissionais que aliem hard skill e soft skill, como comunicação eficaz, empatia, análise de cenários e capacidade estratégica. 

Isso significa que não é só de profissionais técnicos de tecnologia que vive o setor. Especialistas em áreas como análise de negócios, experiência do cliente e liderança de projetos são amplamente demandados porque esses papéis exigem uma compreensão ampla de cenários, boa interlocução e capacidade de tomar decisões informadas. 

Ou seja, se você deseja trabalhar numa empresa de tecnologia, mas não tem formação técnica, fique atento às inúmeras possibilidades no setor, pois neste universo, todos são agentes de transformação.
 


Marília Prass - gerente corporativa de Talent Acquisition da SONDA, líder em Transformação Digital.


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