Alessandra
Alkimin, professora de liderança feminina da Human SA, pontua que isso é um
reflexo do aquecimento do mercado de trabalho, mas ainda há muita desigualdade
estruturalfreepik
O mercado de trabalho brasileiro tem mostrado
sinais de mudança em relação à inclusão feminina, refletindo esforços para
reduzir as disparidades de gênero. Apesar dos avanços significativos, ainda há
muitos desafios. Recentemente, dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) revelaram um crescimento de 45% no saldo de vagas formais
ocupados por mulheres de janeiro a agosto de 2024, em comparação ao mesmo
período de 2023. Para os homens, o aumento foi de 10%. Para a professora
Alessandra Alkimïn Costa, que lidera o curso de Liderança Feminina da Human SA,
os dados refletem um aquecimento no mercado de trabalho, mas ainda há muita
desigualdade estrutural.
“A qualificação contínua é fundamental para
aproveitar essas oportunidades no mercado. O crescimento das vagas para
mulheres também é um reflexo positivo da maior valorização da força de trabalho
feminina. No entanto, para que esse avanço seja duradouro e inclua cargos de
liderança, é essencial que as mulheres busquem especialização e capacitação. A
formação de lideranças femininas, pode garantir que essas mulheres alcancem
posições estratégicas e transformem o mercado de trabalho", afirma
Alessandra.
Até agosto de 2024, cerca de 46% das novas vagas
formais criadas foram ocupadas por mulheres, totalizando mais de 800 mil
postos. No entanto, o saldo absoluto de empregos formais ainda é inferior ao
dos homens, que somaram 926,2 mil vagas. Essa diferença evidência que, mesmo
com um ritmo de crescimento acelerado para as mulheres, o número total de
oportunidades permanece desigual.
Embora o crescimento no número de vagas ocupadas
por mulheres seja promissor, muitas dessas oportunidades são especializadas em
setores com baixos salários, como atendimento ao público, comércio e serviços.
A professora da Human pontua que há necessidade urgente de investimento em
capacitação e desenvolvimento de habilidades de liderança. “Para que as mulheres
possam avançar na carreira e conquistar uma equiparação salarial justa, é
fundamental que busquem aprimorar suas competências e se posicionar para
assumir cargos de maior responsabilidade e melhores salários. Só assim será
possível romper com as barreiras que ainda perpetuam a desigualdade salarial”,
diz.
Human SA
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