Apesar do medo das quedas, presente em
62% dos depoimentos, há uma grande valorização da autonomia e do envelhecimento
em casa (67%)
O envelhecimento acelerado da população brasileira coloca em evidência a necessidade de garantir a independência e segurança dos idosos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, até 2060, cerca de 25% da população brasileira terá 65 anos ou mais. Nesse contexto, a TeleHelp, empresa especializada em teleassistência para idosos, realizou uma pesquisa com cerca de 45% de sua base (6 mil idosos) para entender os principais medos enfrentados por aqueles que vivem sozinhos. Os entrevistados têm de 60 a 90 anos, 85% são mulheres e 15% homens de todo o país, com maior incidência no Sudeste.
De acordo com o levantamento, os maiores temores dos idosos incluem o
medo de quedas (62% dos entrevistados), a incapacidade de pedir ajuda em
emergências (49%) e a sensação crescente de isolamento (25%). Além disso, 22%
dos entrevistados disseram que têm medo de perder a autonomia e de dar trabalho
para a família, preferindo enfrentar os desafios de morar sozinhos. "Esses
medos refletem as vulnerabilidades que vêm com a idade e reforçam a importância
de um lar adaptado para minimizar riscos", destaca José Carlos
Vasconcellos, fundador da TeleHelp.
A permanência no próprio lar, conhecida como aging in place, tem mostrado resultados positivos para o bem-estar físico e mental dos idosos. O novo estudo também identificou que envelhecer no ambiente familiar traz uma série de vantagens. Cerca de 67% dos entrevistados consideram a manutenção da independência como a maior vantagem de envelhecer em casa. Além disso, 56% afirmaram que estar em sua própria casa gera uma sensação de segurança emocional maior, enquanto 45% disseram que a convivência com vizinhos e a comunidade local reduz a solidão. Outros 35% relataram que viver em um ambiente conhecido diminui o risco de depressão e ansiedade, enquanto 18% dos idosos afirmaram que é financeiramente mais vantajoso viver em casa do que em uma instituição de longa permanência.
Para garantir que o lar seja seguro e favoreça a
autonomia, algumas adaptações simples são essenciais. A instalação de barras de
apoio em banheiros e corredores, uma iluminação adequada em áreas de circulação
e a remoção de tapetes soltos são medidas que ajudam a prevenir acidentes. Além
disso, a escolha de móveis com cantos arredondados e em alturas acessíveis
também pode minimizar riscos.
A teleassistência é outro recurso fundamental para a segurança dos
idosos. Com essa tecnologia, os idosos podem solicitar ajuda de forma rápida e
fácil em situações de emergência, como quedas ou mal-estar súbito,
proporcionando uma rede de apoio essencial.
"Em um país que envelhece rapidamente, é crucial que a sociedade,
as famílias e os próprios idosos estejam preparados para essa nova realidade,
garantindo que os anos a mais sejam vividos com qualidade, segurança e
independência", conclui Vasconcellos.
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