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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Especialista afirma que 30% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos com hábitos saudáveis e diagnóstico precoce

  

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Tratamento avançado também contribui para combater a doença e garantir mais qualidade de vida

 

Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estão previstos 73,6 mil novos casos de câncer de mama no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Mas estilo de vida saudável pode reduzir a incidência da doença.  

“Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos com hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, dieta equilibrada, controle do peso e redução do consumo de bebidas alcoólicas”, explica Camilla Parente Salmeron, ginecologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”. Estes hábitos, aliados ao diagnóstico precoce, desempenham um papel fundamental no combate ao câncer de mama. 

Por isso, quanto antes iniciar o tratamento, menos invasiva pode ser a abordagem terapêutica, permitindo que a paciente tenha uma recuperação mais rápida e com menor impacto na sua rotina diária. “Pacientes que seguem as orientações médicas corretamente têm mais chances de superar a doença e viver com menos complicações”, complementa Camilla. 

De acordo com levantamento da epharma, uma das principais plataformas de gestão de benefícios de saúde do país, o número de unidades de medicamentos para câncer de mama vendidas para beneficiários do programa PBM cresceu quase 44% nos primeiros oito meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023 De janeiro a agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o Centro-Oeste foi a região que apresentou maior evolução do número de beneficiários que adquiriram os antineoplásicos, seguida pelo Nordeste e Norte, respectivamente. 

“Temos nos dedicado a impulsionar a saúde por meio de soluções que vão além de ampliar o acesso ao tratamento medicamentoso. Contribuímos para a continuidade do cuidado das pessoas durante todas as etapas da jornada do paciente”, explica Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma.


Tratamentos avançados

O tratamento do câncer de mama varia de acordo com a fase da doença, o tipo de tumor, a idade da paciente e outros fatores individuais. Entre as opções terapêuticas, um dos destaques são os biomedicamentos, que têm demonstrado segurança e eficácia. Em terapias conjugadas, inibem a multiplicação das células tumorais e preservam os tecidos saudáveis, contribuindo para a qualidade de vida das pacientes. 

“Os biossimilares vêm ganhando espaço por ampliar o acesso da população a terapias avançadas e por oferecer resultados muito positivos a custos inferiores aos medicamentos originadores”, esclarece Carolina Martins Vieira, oncologista clínica do Grupo Oncoclínicas e do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.
 

Saúde da mulher

A campanha Outubro Rosa foca na saúde da mulher e reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dos cânceres de mama e do colo do útero. Soluções inovadoras têm contribuído para ampliar o acesso e facilitar o diagnóstico.

Uma delas é a biópsia a vácuo, que é um método diagnóstico para retirada de amostras de tecido de lesões suspeitas na mama. Este procedimento que utiliza uma agulha para aspirar o tecido, é minimamente invasivo e pode ser guiado pelas modalidades de ultrassom, mamografia e ressonância magnética, fornecendo informações sobre a lesão para que o médico possa avaliar a conduta adequada.

No caso de prevenção do câncer do colo do útero, a inovação está relacionada à solução de autocoleta vaginal para detecção da infecção pelo papilomavírus humano (HPV), principal fator de risco para o câncer do colo do útero. A solução para a autocoleta vaginal, com aprovação FDA e registro ANVISA permite que as mulheres realizem a coleta da amostra vaginal em casa, de forma prática e privada, sem a necessidade de deslocamento a uma clínica ou laboratório para a coleta da amostra do colo do útero por um profissional de sáude.

“Este método facilita o acesso ao exame preventivo, especialmente para mulheres que enfrentam dificuldades em realizar exames ginecológicos regulares, democratizando a detecção precoce de lesões precursoras do câncer do colo do útero”, finaliza a ginecologista Neila Speck, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e vice-presidente da Comissão Nacional Especializada no Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). 


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