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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

A revolução do PBM: reduzindo riscos e otimizando cuidado médico com transfusões

Abordagem centrada no cuidado com o paciente é recomendada pela OMS e vem economizando recursos da saúde em todo o mundo

 

Um conceito antigo, mas que começou a ganhar cada vez mais visibilidade nos últimos anos, o PBM (abreviação do termo em inglês Patient Blood Management, ou gerenciamento de sangue do paciente, em tradução livre), visa otimizar o manejo das transfusões, proporcionando mais eficácia e qualidade no cuidado médico de um paciente. 

“A abordagem surgiu diante de uma necessidade que a medicina tinha em reduzir a exposição desnecessária do paciente aos riscos potenciais de transfusões sanguíneas”, explica Dr. Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo, vice-presidente médico do Grupo GSH, instituição no qual este conceito já é aplicado. 

O PBM é baseado em três principais pilares, sendo o primeiro a fase pré-operatória, buscando a otimização da massa eritrocitária, na qual são feitos exames para garantir que o paciente tenha níveis adequados de plaquetas, hemoglobina e outro componentes do sangue antes de um determinado procedimento cirúrgico. 

“O segundo pilar é a fase intraoperatória, que tem como objetivo a minimização da perda de sangue do paciente por meio da utilização de algumas técnicas anestésicas e cirúrgicas”, elucida Dr. Leandro. 

Por último, a fase pós-operatória, que tem como intuito a melhoria da tolerância do paciente à anemia, tende a evitar essa enfermidade pós-cirúrgica por meio de estratégias que façam o paciente tolerar níveis mais baixos de sangue no corpo. 

Em 2010, o PBM foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma importante abordagem que deveria ser implementada em sistemas de saúde de todo o planeta. No Brasil, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) tem incentivado ativamente a aderência ao PBM, publicando em 2023 um consenso sobre a metodologia e fornecendo diretrizes para implementação em clínicas e hospitais. 

“No Grupo GSH, essa abordagem é aplicada de tal maneira que assegure a recuperação dos pacientes da melhor maneira possível por meio do uso seguro e racional do sangue, para que seja reduzida a exposição desnecessária a produtos sanguíneos”, enfatiza Dr. Leandro. 

Além de trazer um olhar mais cuidadoso para os pacientes, o PBM mostrou-se uma metodologia com ótimos resultados clínicos em todo o mundo e tem contribuído para a economia de recursos da saúde ao reduzir custos de transfusões pelos quatro cantos do planeta.


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