Discursos contra ou a favor podem soar como ecos vazios se não formos sinceros conosco mesmos para (re)avaliar como e o quanto possuímos de preconceitos – e não é preciso contar nada a ninguém sobre essa não é a proposta de minha reflexão aqui, é para que cada um busque sua honestidade. O exercício de se auto-olhar é o primeiro passo para começar a questionar nossas próprias crenças.
Em algum nível, e claro que isso é completamente inconsciente, você pode formar conceitos precipitados, sem um exame mais crítico ou até mesmo influenciado pelo meio, pelas pessoas e por sua própria história de formação. É, talvez você não tenha parado para se perguntar e seguiu em generalização. Será que você nunca viveu algo assim?
Então, eu te pergunto: você já reavaliou suas crenças e valores para saberem de onde vem seus preconceitos? Será que eles são seus mesmos? Será que esta escolha é sua ou será que você traz isso do seu passado? Estes são questionamentos que precisamos fazer com urgência neste momento de tamanha intolerância a tudo que eu não reconheço como o certo de acordo com o que eu determino como tal.
Estamos vivendo um mundo colaborativo, em sociedade, em uma época em que não cabe mais que apenas o meu olhar seja determinante para imprimir em alguém mais ou menos valor. Isto serve para todos os tipos de preconceitos, de orientação sexual, passando por raça ou a escolha do meu time de futebol, entre tantos outros. À medida em que eu me fecho para determinar as características de um grupo, julgando-os, eu exerço o preconceito.
Para além disso, na maioria das vezes, nem se trata de uma escolha, como citei, se dá de forma inconsciente, de como eu aprendi o que é bom ou ruim, na infância, com meus pais, com as minhas experiências – que fazem de mim boa parte do que sou hoje – e aí simplesmente eu repito o mesmo comportamento, sem racionalizar, sem buscar em mim mesmo a minha essência, sem me perguntar: será que sou assim? Será que penso assim? Ou me ensinaram e essas crenças limitantes viraram meu padrão de comportamento e de conduta?
Questionar a forma como você vê o mundo hoje é uma
abertura para trazer novos pontos de vista e, dessa forma, promover mudanças. O
caminho para as respostas é sempre pelo autoconhecimento. Sendo honesto
consigo, reavaliando-se, você adquire poder de escolha e consciente para se
liberar das amarras dos preconceitos.
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