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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Dia Nacional do Combate ao Fumo: conscientização pode salvar vidas

 Médicos do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), dão dicas para se abandonar do vício, que mata oito milhões de pessoas no mundo anualmente


O tabaco mata mais de oito milhões de pessoas a cada ano em todo o mundo: sete são decorrentes do consumo direto; 1,2 milhão são de fumantes passivos. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). E para levar informações e promover a conscientização sobre os malefícios do cigarro e outros derivados, foi instituído, em 1986, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto.
 

O médico Vinícius Conceição, do Vera Cruz Oncologia, em Campinas (SP), destaca que, embora haja um dia dedicado à causa, o trabalho deve ser permanente. “É importante alertar a população sobre os perigos do cigarro e incentivar aqueles que fumam a buscar apoio para abandonar o vício, promovendo uma vida mais saudável e livre do tabaco”, enfatiza. 

O tabagismo é considerado uma das principais causas evitáveis de mortes no mundo. “Aumenta significantemente o risco de desenvolver uma série de doenças graves que acometem principalmente os pulmões, como o câncer e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além de doenças cardíacas, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outros tipos de cânceres, como os de boca, garganta, esôfago e bexiga”, enumera o oncologista.

 

Pulmão

Informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que 90% das mortes em decorrência do câncer de pulmão têm relação com o tabagismo. Também destaca que mais de 32,5 mil casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão devem ser registrados por ano no Brasil, no triênio de 2023 a 2025. 

Em meio a esses dados alarmantes, o pneumologista Ronaldo Macedo, do Vera Cruz Hospital, em Campinas, explica que o tumor de pulmão é também um dos mais evitáveis. “Como o cigarro está relacionado a um número muito alto de óbitos por câncer de pulmão (90%), parar de fumar é a medida inicial mais importante para a redução do risco de desenvolver a doença”, orienta. Importante lembrar que não apenas o fumante, mas as pessoas que convivem no mesmo ambiente, ou seja, os fumantes passivos, também são beneficiadas ao deixar de se expor à fumaça. 

Segundo o pneumologista, os primeiros benefícios após abandonar o cigarro, começam a ser percebidos em alguns minutos pelo organismo. “Dentro de apenas 20 minutos, a pressão arterial e a frequência cardíaca do ex-fumante começam a se normalizar. Em 24 horas, o risco de um ataque cardíaco já começa a diminuir. Ao longo do tempo, a função pulmonar melhora, o risco de doenças cardíacas e câncer diminuem significativamente, e a qualidade de vida em geral aumenta”, destaca, para estimular quem pretende iniciar a jornada e abandonar de vez o vício. 

Macedo orienta que o primeiro passo é definir como se deseja passar por este processo: parada imediata, quando se determina uma data e, a partir dela não se fuma mais; ou parada gradual, na qual se estipula a quantidade de cigarros consumidas no dia e diminui dia a dia, até zerar. “Este é um processo individual, que deve levar em consideração como cada um se sente melhor com relação ao abandono do vício. O importante é que se tenha apoio da família e dos amigos”, destaca. 

Momentos críticos fazem parte do processo. “Síndrome de abstinência, que inclui a fissura (vontade intensa de fumar), dor de cabeça, irritabilidade, tonteira, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros sintomas que podem variar de pessoa para pessoa. Também é possível que não se tenha nenhum sintoma. Em média, quando se manifestam, os sintomas duram de uma a duas semanas”, diz o pneumologista. 

Outro ponto importante é não ter medo de recaídas. “A recaída pode ocorrer, mas não deve ser encarada como um fracasso. Se acontecer, recomece, preste atenção ao motivo que o levou a voltar a fumar e corrija a rota. De modo geral, o fumante tenta abandonar o vício cerca de três ou quatro vezes até conseguir definitivamente. O que importa é se dar várias chances”, recomenda.

 

Apoio e tratamento

Já Conceição afirma que abandonar o cigarro é um desafio de inúmeras fases e possível de enfrentar com apoio e recursos adequados. “Existem diversas estratégias e tratamentos disponíveis para ajudar os fumantes a superar o vício, incluindo terapias comportamentais, medicamentos, grupos de apoio e programas de cessação do tabagismo. É importante que os fumantes saibam que não estão sozinhos e que há ajuda disponível para tornar a jornada rumo a uma vida sem cigarro mais fácil e bem-sucedida”, diz. 

“O Dia Nacional de Combate ao Fumo é um momento crucial para reforçar a importância de uma vida livre do tabaco. Ao promover a conscientização sobre os perigos do cigarro e os benefícios de parar de fumar, esperamos inspirar mais pessoas a tomar a decisão de abandonar o vício e adotar um estilo de vida mais saudável”, conclui o oncologista.



Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br



Vera Cruz Hospital

 

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