Neurocientista esclarece ser necessário incentivar a participação desses profissionais em atividades que estimulem a criatividade e a geração de novas ideias
Pesquisa recente
realizada pela plataforma de busca de empregos Catho mostra que 69% dos
trabalhadores acima de 50 anos acham que perderam oportunidades de emprego
devido à idade, e 55% já sentiram que suas habilidades foram
subestimadas em ambientes corporativos ou entrevistas.
Segundo a
neurocientista e parceira do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, Lívia Ciacci,
profissionais sêniores carregam um repertório de informações muito vasto. “Mas
se engana quem pensa que saber muito é o bastante para executar um bom
trabalho, é necessário sempre fornecer novas informações e desafios para
estimular o cérebro, afinal, ele aprende tudo o que ensinamos, e o que não
ensinamos também. Estratégias eficazes para manter o cérebro dos profissionais
sêniores bem estimulado, incluem programas de aprendizagem contínua,
oferecendo oportunidade de educação, treinamento, workshops, cursos sobre novas
abordagens, tecnologias ou metodologias”, afirma.
Ela explica
ainda que é recomendado incentivar a participação desses profissionais em
atividades que estimulem a criatividade e a geração de novas ideias,
diversificar as tarefas variando a responsabilidade e projetos para promover o
desenvolvimento de novas habilidades, evitar a monotonia e estagnação do
aprendizado. “O ambiente também é um fator determinante para a estimulação
cognitiva, portanto fomentar um ambiente de trabalho colaborativo onde diálogo
e troca de experiências e ideias sejam valorizados. Além disso, feedbacks
construtivos e regulares com o propósito de ajudar a autoavaliação e o
aprimoramento contínuo”, esclarece.
Desempenho
Cognitivo
“O repertório
vivido por estes profissionais proporciona um conhecimento profundo e uma
melhor compreensão do campo de atuação, sendo mais fácil reconhecer padrões de
situações comuns e reagir mais assertivamente a elas, ou seja, possuem uma
maior inteligência cristalizada. O grande desafio é manter a flexibilidade
cognitiva no decorrer do tempo”, afirma Lívia.
E complementa: “a
experiência proporciona mais conhecimento tácito, que guia o julgamento e a
tomada de decisões, sendo importante para lapidar habilidades de resolução de
problemas. Com o tempo, profissionais mais experientes tendem a cometer menos
erros, pois aprenderam a ler as situações e compará-las com as anteriores e
assim, evitam os erros mais comuns da área. Todo o repertório contribui para
uma visão ampla e uma perspectiva mais equilibrada, ajudando na análise de
desafios a partir de diferentes ângulos. Contudo, é um desafio não se tornar
resistente às mudanças, pois há uma forte tendência natural de sempre usar as
técnicas e raciocínios já aprendidos”, diz.
Segundo Lívia,
apesar da inteligência permanecer a mesma no envelhecimento, pode haver a
diminuição da velocidade de processamento de informações e da memória
operacional. “Programas de aprendizado contínuo são essenciais para
melhorar a performance dos profissionais com mais de 50 anos, pois os mantêm
atualizados com as novas tendências de mercado, tecnologias, metodologias e
garante que suas habilidades e conhecimentos permaneçam relevantes”, conta.
Lívia ressalta
que os programas de aprendizagem facilitam a aquisição de novas habilidades,
tornando o perfil do profissional mais completo e versátil. Dentro disso, novas
competências e a satisfação de aprender ajuda-os a se adaptarem melhor às
mudanças no ambiente de trabalho, tornando-os mais flexíveis e resilientes
frente a novas demandas e desafios, diminuindo a resistência relatada por essa
faixa etária. “Estimular a participação dos profissionais com mais de 50 anos
em eventos, palestras, cursos, workshops também proporciona a oportunidade de
trocar experiências, interagir e aprender mais, formando uma rede de contatos
valiosa.”
Um
ambiente de trabalho que promove desafios intelectuais
A neurocientista
explica que nosso cérebro tem a capacidade de aprender sempre, porém, quando
estamos mais velhos o nosso cérebro precisa de mais esforço consciente e foco,
diferente da infância, em que temos alta capacidade de aprender coisas
novas com um esforço muito pequeno. “No ambiente de trabalho, promover desafios
intelectuais para profissionais na faixa etária acima de 50 anos auxilia o
cérebro a se manter estimulado e focado, além de facilitar o desenvolvimento de
habilidades novas. Com isso, pode se notar um aumento na autoestima, satisfação
e engajamento no trabalho, uma vez que se sentem competentes e eficazes ao
sentir que as suas habilidades estão sendo valorizadas e utilizadas”, conta.
Para Lívia, o
desenvolvimento contínuo também pode ajudar na adaptação a mudanças e na
evolução profissional e pessoal, uma vez que essas habilidades de flexibilidade
podem ser adotadas em outros âmbitos da vida. “Pensando na empresa, outra
maneira de manter o profissional sênior mais motivado é aproveitar a sua
experiência em programas de mentorias, onde ele pode ensinar os mais jovens”,
recomenda a especialista.
Habilidades
e decisões estratégicas
A primeira
habilidade que pode ser desenvolvida para otimizar a capacidade de tomar
decisões estratégicas é a análise crítica, aperfeiçoando a habilidade de
analisar dados e informações de forma crítica, identificando padrões e
tendências e cada vez menos usando a intuição para decidir. “Obviamente todo o
repertório terá influência, mas trabalhando essa capacidade, o profissional
será capaz de fazer toda a leitura da situação com base nos números, e claro
com o ‘plus’ de suas experiências. O pensamento estratégico também pode
ser desenvolvido, otimizando a habilidade de ver o panorama e entender como
todas as partes se conectam, prevendo impactos a longo prazo. A flexibilidade e
resiliência são habilidades que fazem uma enorme diferença, principalmente em
tempos nos quais o colega de trabalho pode ser uma inteligência artificial!”,
alerta Lívia.
Ela conta ainda que
a gestão de tempo é fundamental para o manejo das demandas e da vida pessoal, e
quando é eficaz auxilia na diminuição do estresse e previne o burnout, que são
dores comuns relatadas por profissionais sêniores.
Adaptação
a novas tecnologias
“As novas tecnologias
têm o poder de auxiliar os profissionais com mais de 50 anos a terem acesso a
informações relevantes, a uma gama de ferramentas e plataformas que podem
facilitar tarefas, além de aumentar a produtividade e otimizar processos”,
afirma.
Além disso,
plataformas de streaming e e-learning permitem que estes profissionais possam
se atualizar e desenvolver habilidades em qualquer lugar. Todas essas
tecnologias não só melhoram a eficiência e desempenho dos profissionais, mas
também ajudam a superar barreiras e preconceitos relacionados à idade,
permitindo que os profissionais sêniores consigam acompanhar o novo e estejam
cada vez mais aptos para as suas funções, melhorando o cognitivo e também a
saúde mental.
Festival
para 50+
O SUPERA, maior
rede de escolas de estimulação cognitiva da América Latina, participará do
MaturiFest, reconhecido como o maior festival de trabalho e empreendedorismo
para pessoas acima dos 50 anos, com a Oficina: “Ginástica para o Cérebro –
Desafios e Jogos para Turbinar o Cérebro e Conquistar uma Longevidade Ativa”,
no dia 16/08, das 10h15 às 11h15. Na oficina, os participantes terão a
oportunidade de interagir com as ferramentas do SUPERA de estimulação cognitiva
em uma dinâmica divertida e desafiadora, mediada por especialistas e formulada
para a ocasião.
Para participar,
é necessário adquirir o ingresso para o evento, que pode ser obtido com o cupom
do SUPERA, que garante 20% de desconto e pode ser adicionado ao final da
compra, com o código SUPERA20.
O Maturi retorna
em sua 7ª edição com uma programação repleta de inovações e um formato híbrido
que proporciona uma experiência única tanto presencial quanto virtual. O evento
está marcado para os dias 14 a 16 de agosto de 2024, no campus da UNIP Paraíso,
em São Paulo, e será transmitido ao vivo para todo o Brasil. Entre os
palestrantes confirmados está a atriz e embaixadora do SUPERA Beth Goulart, no
dia 15, às 20h, com o tema “Conversa com poesia”. Todos os detalhes podem ser
encontrados no site oficial do evento: www.maturifest.com.
Sobre a
ginástica para o cérebro
A ginástica para o
cérebro promovida pelo SUPERA é baseada no conceito da neuroplasticidade, que
mostra que todo mundo pode se modificar, ou seja, estimular o cérebro com
atividades novas, variadas e cada vez mais desafiadoras. Atividades para o
cérebro são traduzidas como estímulos, então é por meio dos estímulos de
qualidade organizados que ele é capaz de criar novas conexões, restabelecer
conexões neurais e melhorar seu desempenho. Além disso, a prática de atividades
cognitivas, uma alimentação balanceada, ingestão de água, fazer exercícios
físicos e ter uma boa sociabilidade são os ingredientes principais para
garantir uma qualidade de vida e um bom funcionamento do nosso cérebro.
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