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Modalidade estreia nos Jogos Olímpicos de Paris
2024
Os B-boys e as
B-girls, como são chamados os atletas do breaking, vão disputar as Olimpíadas
de Paris entre os dias 9 e 10 de agosto. Esta é a primeira vez que a modalidade
entra para os jogos. Mas você sabe quais são os benefícios de praticar este
criativo esporte? O breaking é um estilo de dança urbana ligado ao hip-hop, com
origem nos EUA desde os anos 1970.
O preparador
físico e professor Thiago Arruda lista alguns ganhos para a saúde de quem quer
aprender a modalidade, ao se encantar com os contorcionismos e agilidades dos
atletas olímpicos nas chamadas “batalhas”. Arruda é coordenador das graduações
em Educação Física e Enfermagem, do Centro Universitário IBMR. A instituição
carioca integra o ecossistema Ânima de ensino.
Alguns benefícios do "breakdance":
1 - Durante a prática do breaking são desenvolvidos movimentos rápidos e acrobáticos, mas também, passos mais lentos e envolventes. “Esse tipo de exercício pode gerar um importante aprimoramento cardiovascular se realizado constantemente, pois os movimentos elevam a frequência cardíaca durante a prática, melhorando a saúde deste sistema”, explica.
2 - Outro aspecto que pode ser melhorado é a força muscular. “Os movimentos como freezes (posturas congeladas) e power moves (movimentos acrobáticos) exigem um controle significativo da força nos braços, ombros, abdômen e pernas”, aponta.
3 - A flexibilidade também é trabalhada nos passos de breaking. Isso é devido a amplitude de movimento das articulações, tão necessária para a boa execução da dança.
4 - Consequentemente, a coordenação e o equilíbrio são desenvolvidos pelo “controle motor”. Estes são necessários para executar movimentos complexos sem perder o controle do corpo.
5 - Por fim, mas
não menos importante, manter o equilíbrio da saúde mental. A prática da dança,
de modo geral, pode reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar a
autoestima.
“O breaking é uma forma de expressão artística e pode proporcionar ao
praticante uma sensação de realização pessoal. Tudo isso, aliado à socialização,
ajudando a desenvolver habilidades de convivência importantes para a saúde
mental”, afirma o professor do IBMR. Neste processo, acrescenta Arruda, há
liberação de hormônios, neurotransmissores e proteínas como endorfina,
serotonina, dopamina, noradrenalina, cortisol e o Fator Neurotrófico Derivado
do Cérebro (BDNF, que atua junto aos neurônios) são alguns exemplos.
Sobre a dança
esportiva
Apesar da força da
cultura hip-hop no Brasil, nosso país não tem representantes nas batalhas
olímpicas em solo francês. Mas os torneios prometem atrair olhares de jovens do
mundo todo.
A competição de breaking em Paris terá dois eventos - masculinos e femininos - com 16 B-boys e 16 B-girls. Eles vão se apresentar ao som de DJs e serão avaliados pelos votos dos juízes, afim de conquistar as primeiras medalhas Olímpicas nesta “dança desportiva”.
No Brasil, em estados como o
Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Brasília e Mato Grosso do Sul, o breaking já
conta com federações que agregam entidades ligadas a esta prática desportiva.
Algumas delas são filiadas à Confederação Nacional de Dança Desportiva (CNDD).
Nos sites e perfis em redes sociais das instituições há informações sobre
torneios e demais dicas sobre a dança. Em todo país, há grupos, academias,
projetos sociais que se dedicam à modalidade, com integrantes de várias faixas
etárias, de crianças à terceira idade.
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