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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Conheça 5 benefícios para a saúde de quem pratica o breakin

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Modalidade estreia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
 

 

Os B-boys e as B-girls, como são chamados os atletas do breaking, vão disputar as Olimpíadas de Paris entre os dias 9 e 10 de agosto. Esta é a primeira vez que a modalidade entra para os jogos. Mas você sabe quais são os benefícios de praticar este criativo esporte? O breaking é um estilo de dança urbana ligado ao hip-hop, com origem nos EUA desde os anos 1970. 

O preparador físico e professor Thiago Arruda lista alguns ganhos para a saúde de quem quer aprender a modalidade, ao se encantar com os contorcionismos e agilidades dos atletas olímpicos nas chamadas “batalhas”. Arruda é coordenador das graduações em Educação Física e Enfermagem, do Centro Universitário IBMR. A instituição carioca integra o ecossistema Ânima de ensino.

 

Alguns benefícios do "breakdance": 

1 - Durante a prática do breaking são desenvolvidos movimentos rápidos e acrobáticos, mas também, passos mais lentos e envolventes. “Esse tipo de exercício pode gerar um importante aprimoramento cardiovascular se realizado constantemente, pois os movimentos elevam a frequência cardíaca durante a prática, melhorando a saúde deste sistema”, explica. 

2 - Outro aspecto que pode ser melhorado é a força muscular. “Os movimentos como freezes (posturas congeladas) e power moves (movimentos acrobáticos) exigem um controle significativo da força nos braços, ombros, abdômen e pernas”, aponta. 

3 - A flexibilidade também é trabalhada nos passos de breaking. Isso é devido a amplitude de movimento das articulações, tão necessária para a boa execução da dança. 

4 - Consequentemente, a coordenação e o equilíbrio são desenvolvidos pelo “controle motor”. Estes são necessários para executar movimentos complexos sem perder o controle do corpo. 

5 - Por fim, mas não menos importante, manter o equilíbrio da saúde mental. A prática da dança, de modo geral, pode reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar a autoestima.

“O breaking é uma forma de expressão artística e pode proporcionar ao praticante uma sensação de realização pessoal. Tudo isso, aliado à socialização, ajudando a desenvolver habilidades de convivência importantes para a saúde mental”, afirma o professor do IBMR. Neste processo, acrescenta Arruda, há liberação de hormônios, neurotransmissores e proteínas como endorfina, serotonina, dopamina, noradrenalina, cortisol e o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF, que atua junto aos neurônios) são alguns exemplos.

 

Sobre a dança esportiva

Apesar da força da cultura hip-hop no Brasil, nosso país não tem representantes nas batalhas olímpicas em solo francês. Mas os torneios prometem atrair olhares de jovens do mundo todo. 

A competição de breaking em Paris terá dois eventos - masculinos e femininos - com 16 B-boys e 16 B-girls. Eles vão se apresentar ao som de DJs e serão avaliados pelos votos dos juízes, afim de conquistar as primeiras medalhas Olímpicas nesta “dança desportiva”. 

No Brasil, em estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Brasília e Mato Grosso do Sul, o breaking já conta com federações que agregam entidades ligadas a esta prática desportiva. Algumas delas são filiadas à Confederação Nacional de Dança Desportiva (CNDD).

Nos sites e perfis em redes sociais das instituições há informações sobre torneios e demais dicas sobre a dança. Em todo país, há grupos, academias, projetos sociais que se dedicam à modalidade, com integrantes de várias faixas etárias, de crianças à terceira idade.


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