Pesquisar no Blog

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Mês Mundial da Conscientização da Infertilidade, idade ainda é maior causa de infertilidade nas mulheres

Aos 30: "Não quero ter filhos". Aos 40: "Não posso ter filhos" - Ginecologistas alertam para a redução da oferta e da qualidade dos óvulos da mulher com o passar dos anos, e instruem como considerar este fator no plano de vida

 

"Nada que a mulher faça é tão importante quanto o tempo do relógio biológico. Quando se pensa em fertilidade após os 30 anos, a idade é o fator primordial", dispara a Dra. Paula Beatriz Fettback, Ginecologista especialista em Reprodução Humana pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). 

O encontro da falta de vontade de engravidar "cedo" com a falta de informação sobre o assunto e as formas atuais de restauração da fertilidade feminina ainda pouco acessíveis transformam a infertilidade numa realidade para muitas mulheres com mais de 35 anos. 

"Caso a mulher não queira, não possa ou não tenha certeza se quer engravidar até os 35 anos, o ideal é informar-se e realizar, se possível, o congelamento de óvulos", indica a especialista, acrescentando que, a partir dos 30, já se recomenda fazer avaliações da fertilidade e ficar atenta. 

A Dra. Paula elenca os principais exames que ajudam a compreender a atual condição reprodutiva da mulher: 

  • Avaliação da reserva ovariana: Em um exame de ultrassom, é possível detectar e contar os folículos (estrutura que abrigam os óvulos) antrais, ou seja, os folículos estão em fase pré-ovulatória e que podem, se necessário, responder ao tratamento hormonal e se desenvolverem.   ‌  
     
  • Hormônio Anti-Mülleriano: Um exame de sangue que gera uma estimativa da quantidade de óvulos que a mulher ainda tem, uma vez que toda mulher já nasce com toda a quantidade de óvulos que vai liberar ao longo da vida. 
  • Perfil hormonal: Incluindo FSH, Estradiol, função da tireoide e prolactina - um conjunto de exames de sangue que avaliam hormônios ligados direta ou indiretamente à condição reprodutiva feminina.   ‌  
     
  • Histerossalpingografia: Um exame de raio-x que utiliza contraste, para avaliar a função e permeabilidade das tubas (trompas) e, na maioria das vezes, investigar endometriose (inflamação do tecido que reveste o útero). 

Diante disso, o Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista especialista em reprodução humana, diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) reforça que toda mulher ou casal que esteja tentando engravidar por mais de um ano deve procurar um especialista. "Se a mulher tiver mais de 35 anos, deve procurar especialistas após 6 meses de tentativas", alerta.

 

Informação é vida! 

Dedicados ao assunto há décadas, a Dra. Paula e o Dr. Alfonso acabam de lançar o livro A Espera, que visa a normalizar o aprendizado sobre infertilidade e planejamento familiar com informações técnicas ilustradas por casos reais.

 

Dra. Paula Fettback - CRM 117477 SP - CRM 33084 PR. Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2004). Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP- 2007). Atua em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana. Estágio em Reprodução Humana na Universidade de Michigan - USA. Médica colaboradora do Centro de Reprodução Humana Mário Covas do HC-FMUSP (2016). Doutora em Ciências Médicas pela Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM - 2016). Médica da Clínica MAE São Paulo – SP. Título de Especialista em Reprodução Assistida Certificada pela Febrasgo (2020)



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados