Segundo a entidade, estes empreendimentos fotovoltaicos trouxeram R$ 60,7 bilhões de investimentos ao País e geraram, no acumulado, mais de 424 mil empregos verdes
O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 14 gigawatts (GW) de potência
operacional nas grandes usinas solares, igualando assim a capacidade instalada
da hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior usina do mundo, de acordo com o
mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Segundo a entidade, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 60,7
bilhões em novos investimentos e mais de 424 mil empregos verdes acumulados,
além de proporcionar cerca de R$ 20 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em todos os estados
brasileiros, com liderança, em termos de potência instalada, da região
Nordeste, com 59,8% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 39,1%,
Sul, com 0,5%, Norte, com 0,3% e Centro-Oeste (mais DF), com 0,3%.
Na avaliação da ABSOLAR, é plenamente possível aumentar significativamente a
participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, mantendo a
confiabilidade, segurança e estabilidade, bem como assegurando o equilíbrio
técnico e econômico da expansão e operação do sistema elétrico do Brasil.
Segundo o estudo Sistemas Energéticos do Futuro: Integrando Fontes Variáveis de Energia
Renovável na Matriz Energética do Brasil, que durou três anos e
reuniu instituições como o Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de
Pesquisa Energética (EPE) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a
entidade de cooperação internacional do governo alemão GIZ, há uma forte
sinergia entre os recursos renováveis do Brasil, como hídrico, solar, eólico,
de biomassa e de biogás.
O relatório mostra que o equilíbrio do sistema, quando há variações nos ventos
e no sol, é fornecido em especial pelas hidrelétricas renováveis, não pelas
termelétricas fósseis.
O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, ressalta que, além de ser uma fonte
competitiva e limpa, a maior inserção da energia solar em grandes usinas é
fundamental para o País reforçar a sua economia e impulsionar o processo de
transição energética. “A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro
motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda aos cidadãos”,
aponta.
“O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o
orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros,
fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento
dos compromissos ambientais assumidos pelo País”, acrescenta.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o
crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e colabora para o
processo de descarbonização das economias. “O Brasil possui um dos melhores
recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a
produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de
novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos
elétricos”, diz.
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