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sexta-feira, 14 de junho de 2024

Expansão do uso de bodycams pela polícia do Estado de São Paulo reduz ocorrências de confrontos

Especialista em segurança destaca a eficácia das câmeras corporais, na transparência e segurança das operações policiais, apesar de recentes debates sobre seu uso
 


A utilização de câmeras operacionais portáteis, conhecidas como bodycams, está em expansão no estado de São Paulo. Essas câmeras, instaladas nos uniformes dos agentes de segurança, têm capacidade de gravação e transmissão de áudio e vídeo, além de possibilitar o acompanhamento em tempo real por uma central de monitoramento. O objetivo principal é monitorar as operações policiais e contribuir para a transparência e eficácia das ações. Recentemente, o uso das bodycams tem sido amplamente debatido e sua eficácia questionada por políticos e profissionais da área de segurança pública.

Dados da Polícia Militar do Estado de São Paulo mostram uma redução significativa nas ocorrências de confrontos e resistência a abordagens após a adoção das bodycams. Entre 2019 e 2021, houve uma diminuição de 87% nos confrontos e 33% nas resistências a abordagens policiais. A experiência de outros estados, como Santa Catarina, reforça a eficácia das câmeras, com uma queda de 61,2% no uso da força pelos agentes.

As câmeras corporais têm sido uma ferramenta valiosa na coleta de dados para a melhoria das ações de segurança pública. Além de inibir abusos e garantir a defesa dos agentes em caso de acusações, as imagens e áudios captados servem como provas em processos penais.

A Brako, distribuidora dessas câmeras, observa a importância dessa tecnologia para a segurança pública. Joelma Dvoranovski, conhecida como Dra. Segurança e CEO da Brako, destaca: "As bodycams não só aumentam a transparência das ações policiais, mas também melhoram a comunicação e o planejamento das operações, além de fornecerem provas visuais que aceleram a resolução de queixas".

O uso das câmeras corporais pela PM de São Paulo desde 2020, em batalhões específicos, foi respaldado por uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas e da USP de 2023. O estudo concluiu que as companhias da PM com câmeras tiveram uma redução de 57% nas mortes decorrentes de intervenção policial, sem comprometer a efetividade do trabalho.

A implementação das bodycams no Brasil reflete uma tendência global. Introduzidas na Inglaterra em 2005, essas câmeras são amplamente utilizadas em vários países, incluindo os Estados Unidos, onde contribuíram para a redução do uso da força e das queixas contra policiais. Em São Paulo, o programa de câmeras corporais surgiu em 2020, a partir da tese de doutorado de um coronel da reserva, e hoje está presente em 11 estados.

A Brako continua comprometida em fornecer tecnologias que promovam a segurança pública e a transparência nas ações policiais.

 


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