Educadores buscam maneiras eficazes de promover a autorregulação do uso do celular entre os jovens, reconhecendo sua importância para um equilíbrio saudável entre tecnologia e aprendizado
A introdução da
tecnologia digital na educação trouxe consigo promessas de revolução e avanço
no processo de ensino e aprendizagem. Especialmente durante a pandemia de
COVID-19, o ensino online emergiu como uma solução crucial para evitar o
colapso da educação, oferecendo alternativas viáveis em um cenário de
distanciamento social. No entanto, os benefícios e riscos associados ao uso da
tecnologia na educação merecem uma avaliação crítica e aprofundada,
considerando suas implicações a longo prazo.
Embora a
tecnologia digital tenha sido saudada como uma ferramenta transformadora na
educação, evidências robustas do seu valor agregado ainda são escassas. Muitas
das alegações sobre os benefícios da tecnologia na aprendizagem são promovidas
por empresas que buscam comercializar essas soluções, destacando a necessidade
de uma análise mais objetiva e imparcial sobre seu impacto no processo
educacional.
Estudos recentes
indicam que os efeitos da tecnologia e do uso do celular na aprendizagem podem
variar de baixos a moderados, mas ainda existem importantes usos de finalidade
pedagógica para o dispositivo. “Diante desse cenário, a prática da
autorregulação do uso do celular emerge como uma ferramenta vital para
balancear os benefícios da tecnologia com uma vida equilibrada e saudável. A
autorregulação envolve a conscientização e o controle ativo sobre o tempo e a
forma como utilizamos nossos dispositivos móveis”, segundo Jonas Sousa, assessor
pedagógico da plataforma Amplia, sistema de ensino para a educação básica.
Essa dependência
excessiva do celular pode impactar negativamente o desempenho acadêmico,
afetando áreas como foco, sono e saúde mental. Além disso, a resistência dos
alunos à restrição do uso do aparelho pode criar conflitos em sala de aula,
aumentando os desafios de gerenciamento dentro do ambiente escolar. Para lidar
com esses problemas, os professores e educadores adotam estratégias
específicas.
De acordo com
Sousa, a primeira estratégia para lidar com esses desafios, é estabelecer uma
comunicação clara com os alunos sobre as consequências do uso inadequado do
celular. Além disso, criar oportunidades para atividades offline e integrar o
celular de forma educacional nas atividades em sala de aula são abordagens
eficazes para promover a autorregulação. “O uso inapropriado pode acarretar
efeitos negativos no aprendizado, como distração e diminuição de atividade
neural. Porém, o seu uso com intencionalidade é promissor para potencializar o
processo de ensino e aprendizagem”, diz Jonas.
Apesar dos
desafios, o celular tem o potencial de ser uma ferramenta valiosa no processo
de ensino e aprendizagem. “Ao trabalhar essa autorregulação e aproveitar as
capacidades educacionais dos dispositivos móveis, os professores podem promover
a colaboração, a criatividade e o engajamento dos alunos, alinhando-se com as
competências necessárias para o século XXI”, conclui o especialista da Amplia.
Plataforma Amplia
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