Ao priorizar a
qualidade de vida dos funcionários, empresas ganham em produtividade e retenção
de talentos
De acordo com as Consolidações das Leis do Trabalho
(CLT), a jornada de trabalho é de oito horas diárias, totalizando 44 horas
semanais. Isto significa que, segundo as leis trabalhistas vigentes, não há
previsões para a jornada flexível ou jornada móvel. Para que essa flexibilidade
aconteça atualmente, é importante que haja um acordo entre empresa e empregados
determinando o horário em que o trabalhador poderá cumprir a sua jornada
durante a semana sem que haja descontos por atrasos ou saídas antecipadas.
No mercado de trabalho em geral, as empresas estão
menos flexíveis hoje do que estavam no ápice da pandemia. Mas um levantamento
realizado pela consultoria Great Place to Work com o grupo de 150 melhores
empresas para trabalhar no Brasil mostra que 83% delas oferecem horário
flexível e 90% oferecem home office -- contrariando uma tendência global de
retorno aos escritórios vista a partir de 2022 e que seguiu em 2023.
Segundo Adriana Belintani, advogada especialista em
saúde mental, o horário flexível se revela como um elemento essencial para
promover o bem-estar psicológico dos funcionários.
"A flexibilidade no local de trabalho não
apenas permite que os funcionários cumpram suas obrigações profissionais, mas
também lhes dá espaço para priorizar sua saúde mental e qualidade de vida”,
afirma a advogada.
Os benefícios dos horários flexíveis não se limitam
apenas à redução do estresse e à promoção de um equilíbrio saudável entre
trabalho e vida pessoal. "Ao capacitar os trabalhadores a adaptarem suas
jornadas de trabalho de acordo com suas necessidades individuais, as empresas
estão investindo não apenas no bem-estar de seus funcionários, mas também na
sua própria produtividade e retenção de talentos", ressalta Belintani.
Além disso, a especialista em saúde mental enfatiza
que os horários flexíveis podem desempenhar um papel crucial na prevenção do
esgotamento profissional e outros problemas relacionados à saúde mental.
"Ao dar aos funcionários a autonomia para gerenciar seu tempo, as
organizações estão criando um ambiente onde a pressão excessiva e a sobrecarga
de trabalho são mitigadas, promovendo assim uma cultura de trabalho mais
saudável e sustentável", afirma a advogada.
Adriana Belintani- Advogada especialista em saúde mental com mais de 20 anos de atuação nas áreas trabalhista e previdenciária. Com escritório sediado em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, Belintani tem clientes em todo o Brasil e atende principalmente processos de trabalhadores que desenvolveram alguma doença referente à saúde mental por conta do trabalho, que tiveram algum acidente na empresa ou algum tipo de doença ocupacional. A profissional ainda atua fortemente na divulgação e no esclarecimento dos motivos que levam as pessoas a adoecerem no ambiente do trabalho.
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