Especialista destaca fatores de risco e medidas preventivas para evitar acidentes
Envelhecer é um processo natural, mas que,
infelizmente, vem acompanhado de algumas preocupações. A queda é uma das mais
importantes, pois pode representar não apenas um incidente isolado, mas um
indicador de fragilidade e risco para a saúde dos idosos. Com o avançar da
idade, a capacidade de manter o equilíbrio e a coordenação motora tende a
diminuir, tornando os idosos mais vulneráveis a esse tipo de situação. Nesse
contexto, compreender os fatores de risco associados às quedas e implementar
medidas preventivas torna-se essencial para promover um envelhecimento saudável
e preservar a qualidade de vida dessa parcela da população.
“A queda é um evento bastante comum e devastador em
idosos. Embora não seja uma consequência inevitável do envelhecimento, pode
sinalizar o início de fragilidade ou indicar doença aguda. Os fatores de risco
que mais se associam às quedas são: idade avançada (80 anos e mais); sexo
feminino; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física;
fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio
diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson;
uso de medicamentos sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e uso de vários
medicamentos.” explica o traumatologista Felix Albers, do Hospital Sapiranga.
O especialista ressalta a importância de
identificar e mitigar os fatores de risco, além de promover adaptações no
ambiente doméstico para garantir a segurança dos idosos. Assim, deve-se atentar
aos seguintes fatores:
– iluminação: ambientes mal iluminados favorece a
ocorrência de quedas;
– arquitetura: casas mal planejadas aumentam o
risco de quedas;
– móveis: disposição inadequada atrapalha a
locomoção e quando instáveis não servem como apoio;
– espaço: oferecem risco os objetos escorregadios
espalhados pela casa;
– cores: ambiente muito escuro aumenta a chance de
quedas.
“Caso se consiga eliminar um fator de risco, a
probabilidade de cair também se reduz. Isto é muito importante para os idosos
que, em geral, possuem múltiplos fatores de risco para quedas, alguns
não-modificáveis”, acrescenta.
Há evidências para sugerir que exercícios, tais
como treinamento de equilíbrio, são efetivos em reduzir o risco de quedas em
idosos. Melhorar a aptidão física e impedir a inatividade e a imobilidade,
também contribuem. Vigilância domiciliar periódica e sistemática para avaliar
e, caso apropriado, modificar os riscos ambientais, pode ser efetiva em reduzir
quedas, conforme o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.
Hospital Sapiranga
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