Saiba como equilibrar o consumo de chocolates de forma saudável e com consciência, sem passar vontade. E entenda as diferenças disponíveis no mercado.
Junto com a data mais doce do ano, a Páscoa, chega
também o período de maior tentação para quem mantém uma dieta saudável. O
mercado oferece inúmeras opções de ovos de chocolate que facilmente podem
sabotar a alimentação se for uma escolha errada ou consumido de forma
exagerada. A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP e
metabologista, comenta que há algumas pesquisas recentes apontando bons motivos
para comê-lo, e que vão além do prazer gastronômico. “Estudos científicos têm
sugerido que o consumo moderado de chocolate do tipo amargo, com 70% de cacau,
pode trazer uma série de benefícios para a saúde, desde melhorias no humor até
redução do risco de doenças cardíacas”, explica a médica.
A Dra. Elaine acrescenta que “o cacau é rico em
antioxidantes, como os flavonoides, que auxiliam no combate aos danos dos
radicais livres no corpo, contribuindo para a saúde cardiovascular e cerebral.
O alimento também contém cafeína, que pode aliviar o estresse. Isso se deve, em
parte, aos compostos presentes no chocolate, como a serotonina, que é um
neurotransmissor conhecido por seu papel na regulação do humor”.
Um estudo publicado no Journal of Nutrition
descobriu que o consumo regular de chocolate amargo estava associado a uma
melhor função cognitiva em idosos. Os participantes da pesquisa que consumiram
cacau regularmente, mostraram melhorias significativas na memória.
“No entanto, nem todos os tipos de chocolates
oferecem os mesmos benefícios. O chocolate escuro, com uma concentração mais
alta de cacau, tende a fornecer mais antioxidantes e menos açúcar do que o
chocolate ao leite ou o branco. Portanto, ao escolher o alimento para maior
benefício à saúde, é recomendável optar pelo chocolate escuro, com pelo menos
70% de cacau”, reforça a endocrinologista e metabologista.
A nutricionista da clínica Elaine Dias JK Health
& Beauty, Paola Abreu, ressalta que, embora o chocolate ofereça benefícios,
é fundamental consumi-lo com moderação, já que o alimento também é rico em
calorias e gordura. O consumo em excesso pode levar a problemas de saúde, como
ganho de peso e diabetes.
As versões diet e light também não podem ser
consumidas à vontade. “Em termos de calorias, o chocolate diet pode não ter
menos calorias do que sua versão regular, devido ao aumento de gorduras e adoçantes.
Enquanto o light deve ter uma redução calórica significativa, porém, também não
é isento de açúcar. Além disso, ambos podem ter alterações no conteúdo de
gordura. E, tanto uma versão quanto a outra, podem conter adoçantes artificiais
para compensar a redução ou ausência de açúcar”, explica a nutricionista Paola.
A especialista aponta a quantidade recomentada: “o
ideal é comer cerca de 40 gramas de chocolate com mais de 70% de cacau na
composição. Para quem não é adepto das opções amargas, não há problemas
consumir outro tipo de chocolate, desde que seja de forma moderada, de uma a
duas vezes na semana, no máximo”, orienta Paola.
Outra dica da nutricionista para o período de
celebração da Páscoa é não misturar as calorias. “Equilibrar com a escolha de
alimentos saudáveis, aumentar a ingestão de frutas e verduras, reduzir os
carboidratos refinados e diminuir o consumo de açúcar são práticas que podem
balancear a dieta, permitindo comer um chocolatinho sem culpa”, comenta a
nutricionista.
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