A obesidade afeta 7 milhões de adultos, ou 1 em cada 4 brasileiros acima de 18 anos, segundo o Ministério da Saúde. Até 2035, é esperado que esses números atinjam 41% dos adultos
A obesidade e o sobrepeso vão
comprometer a saúde de mais de 2,5 bilhões de pessoas no mundo até 2035,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E, para lembrar deste número cada
vez mais alarmante, no dia 4 de março é intitulado como o Dia Mundial da
Obesidade. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados no ano
passado, a obesidade afeta 7 milhões de adultos, ou 1 em cada 4 brasileiros
acima de 18 anos. Segundo dados do Vigitel de 2022 (Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico), atualmente
22,4% da população adulta brasileira apresenta obesidade. Até 2035, porém, é
esperado que esses números atinjam 41% dos adultos. Nas crianças, já são 6,4
milhões com sobrepeso. Essa alta prevalência acarreta diversas outras
complicações e doenças.
A obesidade é uma doença crônica e progressiva, por isso, precisa
de tratamento, é classificada como um dos principais fatores de risco para
várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diferentes tipos de câncer,
diabetes tipo 2, doença cardiovascular e hipertensão. “Estratégias de
reeducação alimentar e atividade física são fundamentais para a prevenção da
obesidade e suas complicações, porém podem ser insuficientes e são adjuvantes
aos tratamentos com medicações ou cirurgia para a doença”, esclarece Dr.
Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, do
Hospital Alemão Oswaldo Cruz, referência global no tratamento da obesidade e
diabetes e presidente eleito mundial da Federação Internacional de Cirurgia da
Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO). Dr. Cohen foi nomeado um dos 30 médicos mais influentes do mundo na área pela Sociedade
Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (ASMBS) conta com mais de 250
artigos científicos e nove livros publicados.
Tratamento da obesidade: para definição do melhor tratamento,
é preciso analisar as consequências da obesidade
sobre o corpo. A partir desta avaliação serão definidos os critérios para
indicação da prescrição de medicamentos, que estão revolucionando o tratamento
da doença - drogas que imitam os hormônios classificados como incretinas, que
têm entre suas ações, a redução do apetite e maior saciedade, mas que precisam
ser administrados com orientação e acompanhamento médico. “Essas opções
terapêuticas modernas, como semaglutida e tirzepatida, devem ser aplicadas de
modo contínuo e com prescrição médica. Se o paciente deixa de tomá-las, pode
recuperar o peso que foi perdido durante o tratamento. Isto não difere do
manejo de outras doenças crônicas, como colesterol alto, diabetes e
hipertensão.
Caso o paciente deixe de tomar os
fármacos por qualquer razão a tendência é que esses problemas fiquem
descontrolados e gerem complicações em órgãos como rins, cérebro e coração. Com
os remédios e as cirurgias metabólicas disponíveis atualmente, conseguimos
tratar os pacientes, desde os casos mais leves até os mais graves”, pontua Dr.
Cohen.
Segundo o especialista, a perda
ponderal significativa e duradoura promove controle ou até remissão nas doenças
que caminham junto com a obesidade, que pode ser considerada a epidemia do
século XXI. “E a missão do cirurgião é conseguir unificar todas as opções
terapêuticas, para que cada paciente seja atendido de forma personalizada, e
que no futuro, o tratamento de doenças crônicas e progressivas como a
obesidade, seja realizada por meio da medicina de precisão”, finaliza Cohen.
Hospital
Alemão Oswaldo Cruz – Link
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