Pesquisar no Blog

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Prazo de audiência pública sobre cigarros eletrônicos termina sexta, “sem oportunizar regulamentação, o que deve favorecer mercado ilegal”, alerta advogada especialista em vigilância sanitária

Termina nesta sexta, 9, o prazo da Audiência Pública que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu para discutir a proibição dos cigarros eletrônicos que existe desde 2009. O prazo teve início em dezembro de 2023. Contudo, para a advogada Claudia de Lucca Mano, especialista em vigilância sanitária e assuntos regulatórios, “a forma como foi elaborada a audiência frustra a oportunidade de se aprofundar a questão, regulamentar, estabelecer parâmetros de qualidade, o que estimula o mercado clandestino dos vapes”.

A ementa da Consulta Pública 1222, de 04 de dezembro de 2023, dispõe: ‘Proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar’. “Dessa forma, o texto mostra que a opção da Anvisa não é a de regulamentar o uso dos chamados vapes no Brasil, mas sim de manter a proibição que já existe”, destaca a advogada.

Para Claudia, a regulamentação seria importante para retirar o produto do mercado ilegal e estabelecer parâmetros de qualidade. "Ao regulamentar e criar parâmetros, a agência poderia controlar a qualidade, a toxicidade e a composição dos produtos, de modo que a Anvisa teria ferramentas para proteger a sociedade brasileira dos cigarros eletrônicos clandestinos, que hoje inundam o mercado e são vendidos sem qualquer controle, e consumidos por adolescentes", frisa.

Dados recentes levantados pelo instituto Ipec revelam que quase 3 milhões de brasileiros usam cigarros eletrônicos, mesmo com a proibição de sua venda. Em 2008, eram 500 mil.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados