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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Educação do consumidor é melhor ferramenta contra golpes digitais

Especialista conta como funcionam os principais furtos bancários e como se proteger deles

 

Em 2023, observou-se um significativo aumento, entre 25% e 35%, no número de golpes digitais e de vítimas, bem como um crescimento notável nas ocorrências policiais. Entre as diversas modalidades, os golpes bancários são os mais prevalentes. Um monitoramento da Associação de Dados Pessoais e Consumidor (ADDP) revela uma correlação entre golpes bancários e duas situações: o furto/roubo do celular e o acesso fraudulento à conta, seja por meio de ligações telefônicas enganosas ou links maliciosos. Em meio a este cenário, a educação e a conscientização dos consumidores são uma linha de frente na defesa contra golpes online.

De acordo com Paulo Akiyama, advogado que atua nas áreas de direito empresarial, consumidor e da família, campanhas focadas em temas como phishing, a importância de senhas robustas e a vigilância regular das atividades da conta são essenciais. “Os consumidores desempenham um papel fundamental na segurança de suas informações e é imperativo que compreendam como se proteger contra ameaças cibernéticas independentemente das medidas de segurança das instituições financeiras”, explica.

Além das boas práticas individuais, os bancos desempenham um papel importante ao fornecer ferramentas de segurança bem desenvolvidas. Outro aspecto que o especialista destaca é a necessidade em promover ativamente a conscientização dos consumidores sobre a utilização efetiva dessas ferramentas, destacando que uma comunidade informada é uma comunidade mais segura, destaca ainda a resolução BCB 343 de 04/10/23 que trata sobre a cooperação das instituições financeiras na troca de informações de “golpes” de forma a criarem um banco de dados para que seja utilizado como meio de repressão aos fraudadores 

Ele lembra que um alarmante aumento no "Golpe do Link Malicioso" tem sido observado, onde são utilizadas mensagens fraudulentas simulando serem provenientes de bancos ou comunicando sobre benefícios sociais. Nelas, solicita-se o contato por meio de um número telefônico fornecido em forma de link. Ao clicar, a vítima instala um malware, um software malicioso que compromete a segurança do celular, resultando no roubo de dados pessoais, destaca ainda os telefonemas de uma falsa central de segurança e os falsários se passam por funcionários fornecendo dados da vítima induzindo a mesma a abrir o aplicativo do banco de forma a “hackear” o celular da vítima. 

"A educação dos consumidores é um componente essencial na defesa contra ameaças digitais. Ao compreenderem as práticas seguras online, os consumidores fortalecem suas defesas e contribuem para a criação de um ambiente digital mais seguro, bem como as instituições financeiras devem envidar todos os esforços de proteção digital ", conclui.  



Paulo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, associado ao IBDFAM, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.


Akiyama Advogados
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