Especialista conta
como funcionam os principais furtos bancários e como se proteger deles
Em 2023, observou-se um significativo aumento,
entre 25% e 35%, no número de golpes digitais e de vítimas, bem como um
crescimento notável nas ocorrências policiais. Entre as diversas modalidades,
os golpes bancários são os mais prevalentes. Um monitoramento da Associação de
Dados Pessoais e Consumidor (ADDP) revela uma correlação entre golpes bancários
e duas situações: o furto/roubo do celular e o acesso fraudulento à conta, seja
por meio de ligações telefônicas enganosas ou links maliciosos. Em meio a este
cenário, a educação e a conscientização dos consumidores são uma linha de
frente na defesa contra golpes online.
De acordo com Paulo
Akiyama, advogado que atua nas áreas de direito empresarial, consumidor e
da família, campanhas focadas em temas como phishing, a importância de senhas
robustas e a vigilância regular das atividades da conta são essenciais. “Os
consumidores desempenham um papel fundamental na segurança de suas informações
e é imperativo que compreendam como se proteger contra ameaças cibernéticas
independentemente das medidas de segurança das instituições financeiras”,
explica.
Além das boas práticas individuais, os bancos
desempenham um papel importante ao fornecer ferramentas de segurança bem
desenvolvidas. Outro aspecto que o especialista destaca é a necessidade em
promover ativamente a conscientização dos consumidores sobre a utilização
efetiva dessas ferramentas, destacando que uma comunidade informada é uma
comunidade mais segura, destaca ainda a resolução BCB 343 de 04/10/23 que trata
sobre a cooperação das instituições financeiras na troca de informações de
“golpes” de forma a criarem um banco de dados para que seja utilizado como meio
de repressão aos fraudadores
Ele lembra que um alarmante aumento no "Golpe
do Link Malicioso" tem sido observado, onde são utilizadas mensagens
fraudulentas simulando serem provenientes de bancos ou comunicando sobre
benefícios sociais. Nelas, solicita-se o contato por meio de um número
telefônico fornecido em forma de link. Ao clicar, a vítima instala um malware,
um software malicioso que compromete a segurança do celular, resultando no
roubo de dados pessoais, destaca ainda os telefonemas de uma falsa central de
segurança e os falsários se passam por funcionários fornecendo dados da vítima
induzindo a mesma a abrir o aplicativo do banco de forma a “hackear” o celular
da vítima.
"A educação dos consumidores é um componente essencial na defesa contra ameaças digitais. Ao compreenderem as práticas seguras online, os consumidores fortalecem suas defesas e contribuem para a criação de um ambiente digital mais seguro, bem como as instituições financeiras devem envidar todos os esforços de proteção digital ", conclui.
Paulo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, associado ao IBDFAM, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.
Akiyama Advogados
Para mais informações acesse o site
Nenhum comentário:
Postar um comentário