Práticas que priorizam a sustentabilidade, a responsabilidade socioambiental e a transparência estão sendo amplamente adotadas por empresas que buscam desenvolvimento sustentável e geração de valor, não apenas pela ótica do retorno financeiro, mas também a partir do entendimento sobre seus impactos ambientais, sociais e de governança.
Sustentabilidade e ESG (Environmental, Social and
Governance) são termos que, embora apontem na mesma direção, têm
nuances distintas, já que a sustentabilidade é o objetivo final do
desenvolvimento Humano. Ela representa um equilíbrio entre melhorar a qualidade
de vida da sociedade, respeitar os limites ambientais do planeta e promover a
prosperidade econômica.
ESG, por sua vez, refere-se a um conjunto de
critérios ambientais, sociais e de governança. Esses critérios são usados para
avaliar riscos, oportunidades e impactos, com o objetivo de orientar
atividades, negócios e investimentos sustentáveis.
Entendida essa diferença, detalho a seguir como
essas práticas podem contribuir para uma gestão sustentável na área da saúde,
mais especificamente nas Organizações Sociais de Saúde (OSS).
Assegurar a conformidade com leis e normas éticas é fundamental para a sustentabilidade das organizações. À medida que o cenário regulatório evolui, as instituições buscam incessantemente aprimorar seus modelos de governança, visando identificar e coibir comportamentos incongruentes com seus valores, alinhando-se aos códigos de conduta. Esse compromisso não apenas atende a exigências legais, mas também impulsiona uma cultura organizacional ética, refletindo o comprometimento contínuo com a integridade e a responsabilidade.
No CEJAM, criamos um canal de denúncias aberto, confidencial e sigiloso, que garante o anonimato e assegura a não retaliação ao denunciante de boa-fé. É uma via de comunicação a serviço dos colaboradores, prestadores de serviços e comunidade em geral. Estimulamos sua utilização, pois acreditamos que essa ferramenta é importante na prevenção e detecção de desvios de conduta, aprimoramento da gestão e fortalecimento da cultura ética institucional.
O Instituto CEJAM, responsável por coordenar ações
de responsabilidade socioambiental do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas
"Dr. João Amorim", é um exemplo inspirador e vem reforçando o seu
compromisso através de diversas ações.
Entre as principais iniciativas, destacam-se a
gestão de resíduos sólidos, eficiência hídrica e energética e criação de
ambientes acolhedores e projetos socioambientais voltados para as comunidades
próximas, abordando temas como agricultura urbana, arborização e promoção da
reciclagem de resíduos.
A melhoria das etapas de gerenciamento de resíduos
nas unidades de saúde sob a administração do CEJAM surgiu durante a pandemia,
quando ficou evidente a necessidade de adotar práticas mais modernas na área.
E, por se tratar de resíduos, todos os setores, colaboradores, terceiros e
frequentadores dos serviços de saúde passaram a se engajar nesse processo.
De lá para cá, observamos mudanças de hábitos e
cultura em muitos de nossos colaboradores. Percebemos uma relação mais
consciente com o setor de compras, optando por adquirir produtos que geram
menos resíduos. Além disso, houve uma redução na quantidade de resíduos
gerados, incluindo os infectantes, um aumento na separação dos resíduos
recicláveis e uma redução da quantidade de resíduos enviados para aterros
sanitários.
O Instituto também vem trabalhando ativamente em
seu pilar de eficiência energética. A Santa Casa de São Roque, gerenciada em
parceria com a prefeitura local, já conta com um sistema de fornecimento de
energia elétrica alimentado por fonte solar. Agora, em 2024, a iniciativa será
estendida a outras unidades de saúde públicas, em colaboração com a ENEL.
Com a implementação desse projeto, planejamos gerar
energia suficiente para manter as unidades de saúde funcionando e fornecer
energia limpa para a rede pública, contribuindo, assim, para a redução do
consumo de energia proveniente de fontes mais poluentes.
Entre 2022 e 2023, um plano de gestão sustentável
de recursos hídricos em hospitais públicos, como o Hospital Geral de Itapevi e
a Santa Casa de São Roque, atingiu a marca de 35% de economia mensal, período
em que foram poupados mais de 12 mil metros cúbicos de água.
E mais! Mesmo com a redução do consumo, não houve
qualquer impacto negativo na prestação de serviço. Ou seja, a garantia da
qualidade do serviço se mantém em consonância com os padrões de biossegurança e
controle de infecções, conciliada com a economia dos recursos hídricos. As
modificações estruturais, como instalação de economizadores e reuso da água,
demonstraram que a sustentabilidade também pode ser economicamente eficiente
Acreditamos que a
sustentabilidade é a base para uma saúde robusta e resiliente. No CEJAM, não se
trata apenas de práticas ambientalmente conscientes, mas de moldar um futuro em
que a saúde, a eficiência financeira e a consciência ambiental coexistam
harmoniosamente. Estamos comprometidos em liderar não apenas pelo exemplo, mas
pelo impacto positivo que nossas ações têm na saúde das pessoas e do planeta.
Juntos, seguimos transformando vidas e construindo um futuro sustentável de
cuidado, amor e esperança.
João Romano - gerente executivo do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”)
@cejamoficial
site da instituição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário