Foto: Tony Winston-Agência Saúde-DF |
O bloco da alimentação segura desfila nos carnavais de todo o país. E o folião que quer curtir a festa até o último minuto com energia de sobra deve ficar atento ao consumo de produtos de origem animal.
Bem antes dos primeiros batuques serem ouvidos, equipes de saúde com profissionais de diversas áreas começam um trabalho de fiscalização do comércio de alimentos e bebidas para garantir a segurança dos produtos. Entre os integrantes da vigilância sanitária está o médico-veterinário.
Mas como assim?
O
trabalho é preventivo mesmo!
Sabe aquele espetinho, o queijo coalho, o cachorro-quente ou o sanduíche, por exemplo? Tudo precisa ser avaliado por órgãos municipais, estaduais e federais. Os grupos fazem a inspeção de estabelecimentos em geral, trios elétricos, carros de apoio, camarotes, além de prestar orientação aos ambulantes.
Tudo
para prevenir a venda de alimentos sem a correta adequação sanitária ou que
ofereçam riscos à saúde das pessoas com a transmissão de doenças ou toxinas
causadoras das intoxicações alimentares.
“O
médico-veterinário está neste contexto porque a atuação dele vai além da
clínica médica de animais e tem funções importantes na área da Saúde Única: as
atividades profissionais contemplam aspectos relacionados, simultaneamente ao
animal, ambiente e seres humanos. Geralmente, durante eventos como o Carnaval,
equipes de vigilância sanitária montam estratégias para realização de ações
durante a festa como, por exemplo, barreiras sanitárias com foco na apreensão e
inutilização de produtos clandestinos, explica José Maria dos Santos Filho,
médico-veterinário e secretário-geral do Conselho Federal de Medicina
Veterinária (CFMV).
Além
da comercialização de alimentos, as equipes conferem a estrutura física, a
recepção, o acondicionamento, a manipulação e, ainda, o fluxo de produção, sem
dispensar a inspeção do abastecimento de água e a destinação correta do esgoto.
Cartazes e panfletos informativos também são distribuídos com foco na
orientação.
Todos
os envolvidos no comércio de alimentos devem estar cientes e conscientes de
suas responsabilidades.
E o folião com isso?
Tudo
a ver!
O
folião deve estar atento quanto ao tipo de alimento que vai consumir durante o
evento. É importante observar, pelo menos, a procedência e a forma de
acondicionamento e preparo, quando possível. Caso o alimento tenha aspecto
duvidoso, deve-se ter cuidado quanto ao consumo. É bom lembrar que doenças
transmitidas por alimentos podem resultar em quadros que variam de moderado a
grave.
E
mais: alguns alimentos devem ser consumidos logo após o preparo, ainda quentes,
para evitar ou reduzir a multiplicação microbiana. O ideal é que não sejam
mantidos ou armazenados em temperatura ambiente. Alimentos frios devem ser
comercializados numa temperatura menor que 4ºC. No caso dos quentes, acima dos
60ºC.
O
folião também deve evitar os locais em que os manipuladores de alimentos não
estejam usando luvas, touca, roupas de cor clara, e que estejam com pulseiras,
anéis e outros acessórios.
Percebeu
que algo está fora do ideal? Chame o fiscal... da vigilância sanitária.
No meio do
bloquinho, no sambódromo, no camarote, atrás do trio elétrico ou na pipoca...
Não importa! Comer bem – e com segurança – é um direito.
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