Seconci-SP faz
recomendações sobre a saúde no Carnaval
Para se manter saudável na folia dos blocos de
Carnaval, alguns cuidados são indispensáveis, recomenda a dra. Dagmar
Kistemann, clínica geral do Seconci-SP
(Serviço Social da Construção).
“Um dos cuidados mais
importantes é manter-se hidratado, e aqui vai um alerta. Diferentemente do que
alguns imaginam, o álcool não hidrata. Ao contrário, desidrata. O álcool
‘esquenta’ o corpo e a pessoa se ilude ingerindo mais álcool, para supostamente
‘matar a sede’. Portanto, além de evitar a ingestão excessiva de bebidas
alcoólicas, as pessoas também devem tomar bastante água”, afirma a médica.
Segundo a dra. Dagmar, antes
de sair de casa a pessoa já deve se alimentar bem, hidratar-se, usar roupas
leves e sapatos confortáveis como tênis, passar repelente e protetor solar, e
não se esquecer da camisinha. Deve também levar barrinhas de cereais ou frutas,
para não passar muitas horas sem nutrir o corpo.
Diante da epidemia de
dengue, a clínica geral alerta para a necessidade de uso de repelente.
“Primeiro, aplica-se o protetor solar, aguardam-se dez minutos, e depois
passa-se o repelente”, explica.
“Durante a folia, a pessoa
deve se hidratar continuamente e reaplicar o protetor solar de acordo com a
recomendação do fabricante. Precisa buscar periodicamente lugares para
descansar, se refrescar e molhar as regiões mais expostas ao sol”, prossegue.
Outro mito é que tomar pouco
líquido fará a pessoa não ter vontade de urinar e assim poder permanecer horas
a fio nos blocos. “Além de tomar pouco líquido expor a pessoa ao risco de
desidratação, a vontade virá de qualquer forma. Então, continua valendo a
recomendação de se ingerir bastante água. Além disso, é recomendável que as
mulheres levem um pouco de papel para higiene após a micção, a fim de evitarem
infecções urinárias”.
A dra. Dagmar lembra que a
ingestão excessiva de álcool tira o discernimento da pessoa, que pode acabar
realizando atos dos quais irá se arrepender posteriormente, resultando em
gravidez indesejada ou infecções sexualmente transmissíveis. “Neste caso, é
preciso buscar um serviço de aconselhamento de IST/Aids, para se fazer
profilaxia e prevenção à gravidez”.
“Outro cuidado é não deixar
ninguém mexer em sua água e muito menos colocar lá alguma uma substância”.
A médica recomenda que não
se deve suspender medicamentos que a pessoa eventualmente esteja tomando. “Há
medicamentos que perdem eficácia se a pessoa ingerir álcool, então alguns
foliões suspendem seu uso. Mas isso expõe a saúde a riscos, e alguns desses
podem ser graves”.
Riscos do beijo
“Beijar indiscriminadamente
pode transmitir doenças como mononucleose e covid”, alerta a médica.
Por isso, recomenda o dr.
Leandro Batista Neves, dentista do Seconci-SP, deve-se evitar beijar, ter
contato muito próximo ou com pessoas desconhecidas ou que estejam com sintomas
como febre, dor no corpo ou feridas na boca. Também se deve evitar compartilhar
o mesmo copo.
O dentista explica que,
durante o beijo, vírus e bactérias presentes na saliva e na secreção
respiratória podem causar doenças, contaminando pessoas saudáveis. O risco de
contaminação é maior quando o parceiro se encontra debilitado e ou com a
imunidade diminuída então, aumenta seu risco de contaminação.
“A saliva transmite
infecções comuns como as sexualmente transmissíveis (ISTs), as respiratórias,
as que causam febre e ainda as que atingem o sistema digestivo. O ideal é
prevenir a contaminação, ter boa higiene oral e manter a imunidade alta por
meio de alimentação saudável para se ter maior resistência a possíveis
infecções”, observa dr. Neves.
De acordo com o dentista, é
preciso procurar atendimento médico em casos de alterações no corpo, como
febre, dor de garganta e a presença de gânglios no pescoço, entre outras
características típicas de doenças virais e bacterianas, para receber o
tratamento adequado. “Algumas dessas doenças não têm tratamento e tendem a
passar sem interferência médica. Portanto, os medicamentos usados geralmente
são apenas para aliviar os sintomas”, afirma.
Conheça as infecções e
doenças transmissíveis pela boca listadas pelo dr. Neves, clicando aqui. https://www.seconci-sp.org.br/conheca-as-doencas-que-podem-ser-transmitidas-pelo-beijo.html
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