Entidade reforça o uso
da medicina nuclear: uma grande aliada na detecção e tratamento da neoplasia
O mês de novembro é dedicado ao “Novembro Azul”, que possui por objetivo sensibilizar e conscientizar a população masculina em relação aos cuidados com a saúde e a importância da realização dos exames de prevenção contra o câncer de próstata. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que no próximo triênio (2023-2025), a cada ano, haverá 72 mil novos casos dessa neoplasia.
A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) reitera que a medicina nuclear desempenha um papel fundamental, dispondo de exames que identificam a extensão do câncer e possíveis metástases, já que permite avaliar não apenas a anatomia, mas também a fisiologia do corpo humano. Além da cintilografia óssea para detectar metástases ósseas, a tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT) com o PSMA tem se destacado. O PSMA é uma proteína que está em grande quantidade nas células do câncer de próstata, tornando, por isso, este tipo exame uma excelente opção para identificar tumores primários e metástases em várias partes do corpo, não apenas nos ossos.
Além do diagnóstico, a medicina nuclear também desempenha um papel importante no tratamento do câncer de próstata avançado. A terapia com radionuclídeos é uma abordagem promissora. Este tratamento direciona partículas radioativas diretamente para as células que possuem o PSMA, atacando o tumor de maneira eficaz. Essa terapia pode melhorar significativamente a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes com câncer de próstata avançado.
A vice-presidente da SBMN, Cristina Matushita, recomenda que os homens iniciem o rastreamento por volta dos 50 anos, mas existem exceções. “Homens com histórico familiar de câncer de próstata em parentes de primeiro grau ou pertencentes a grupos de alto risco, como afro-americanos, podem ser aconselhados a iniciar o rastreamento mais cedo, por volta dos 45 anos”.
Ademais, ela discorreu sobre a importância do exame de toque retal e da cisão de tabu do mesmo. Pois este exame pode ajudar a detectar o câncer de próstata em estágios iniciais, quando as chances de cura são maiores. “O tabu em torno do exame é multifacetado e pode ser atribuído a fatores como medo, desconforto, desinformação e até mesmo estigmatização da masculinidade. Para quebrá-lo, é fundamental promover a conscientização sobre a importância do rastreamento do câncer de próstata. Isso pode ser feito por meio de campanhas de saúde pública, educação nas escolas, envolvimento de celebridades e figuras públicas na discussão aberta sobre a saúde masculina”.
Por fim, a Dra. Cristina ressaltou a necessidade
de realização de exames regulares na prevenção não só do câncer de próstata,
mas de outras doenças. “Exames de rotina podem ajudar a identificar outras
condições de saúde, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas, permitindo
a intervenção precoce e melhor controle. Portanto, cuidar da saúde por meio de
exames regulares é essencial para uma vida longa e saudável”.
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