São considerados prematuros os bebês que nascem antes de 37 semanas de gestação; campanha mundial destaca a importância do contato pele a pele entre os pais e o bebê após o nascimento
A prematuridade
é um desafio global de saúde que afeta milhões de famílias todos os anos. São
considerados prematuros os bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação –
o comum é entre 38 e 42 semanas.
Dados do
Ministério da Saúde apontam que no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo
ano, o equivalente a seis prematuros a cada 10 minutos. Ou seja, mais de 12%
dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o
dobro do índice de países europeus.
“Fatores
relacionados ao estilo de vida atual, em que as mulheres optam pela maternidade
mais tarde, após os 35 anos, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a
ampliação do uso de métodos como a fertilização in vitro – que favorece
gestações gemelares que são consideradas de alto risco –, podem contribuir para
o aumento gradual dos casos de prematuridade no país”, observa Erika Yashiro,
neonatologista e coordenadora da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade São
Luiz Campinas.
Para
conscientizar e promover a prevenção da prematuridade, a campanha
"Novembro Roxo", mês que também marca o Dia Mundial da Prematuridade
(17/11), ganha destaque com a missão de educar, informar e inspirar ações
que reduzam essa problemática de saúde pública.
Neste ano, o
tema global da campanha é “Pequenas ações, GRANDE IMPACTO: contato pele a pele
imediato para todos os bebês, em todos os lugares”, que enfatiza os
benefícios desse contato precoce entre o recém-nascido, principalmente
prematuros extremos, e seus pais, ainda no ambiente hospitalar.
“Muitos estudos
comprovam que esse contato auxilia na recuperação dos bebês na UTI Neonatal, já
que ajuda na estabilização da temperatura e outros sinais vitais do bebê,
estimula a produção de leite materno e ainda fortalece o vínculo dos pais com a
criança”, destaca a coordenadora do São Luiz Campinas.
No São Luiz
Campinas, as ações voltadas para o estímulo deste contato, como uso do “método
canguru”, por exemplo, são realizadas assim que o bebê apresenta quadro clínico
estável, independente do peso e idade gestacional.
Inaugurado no mês de maio, o Hospital e Maternidade São Luiz Campinas, da Rede D’Or, é o maior hospital privado do interior paulista e conta com uma maternidade completa e preparada para casos de alto risco e prematuridade, com pronto-socorro obstétrico exclusivo para atendimento de gestantes, duas salas de parto normal e pré-parto, apartamentos individuais e Unidades de Terapia Intensiva (Adulto e Neonatal), além de equipe multiprofissional especializada.

Mãe realizando o método canguru, de contato pele a pele
com bebê prematuro, durante internação em UTI Neonatal.
(Arquivo pessoal)
Causas e prevenção
A especialista
explica que a prematuridade ocorre por uma série de fatores, incluindo o estilo
de vida da mãe, condições de saúde, estresse e acesso à assistência médica
adequada. Embora alguns casos de nascimento prematuro sejam inevitáveis, muitos
podem ser prevenidos.
“A prevenção da
prematuridade começa com cuidados pré-natais de qualidade. É essencial realizar
todas as consultas e exames previstos para este período, tomar as vacinas
necessárias e adotar hábitos de vida mais saudáveis”, orienta Dra. Erika
Yashiro.
Outro aspecto
importante da prevenção da prematuridade é a conscientização sobre as complicações
médicas que podem levar a partos prematuros.
“Doenças
crônicas como diabetes e hipertensão podem aumentar o risco, assim como
infecções durante a gravidez. Identificar esses fatores precocemente e receber
o tratamento adequado é crucial”, alerta a neonatologista.
De acordo com a
especialista, apesar do aumento de casos, a constante evolução na área da
medicina vem contribuindo para melhora na sobrevida dos bebês prematuros.

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