Urologista de Santos ajuda a desmistificar o exame
O mês de novembro
é marcado pela campanha Novembro Azul, uma iniciativa que visa conscientizar os
homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer da próstata.
Dados alarmantes
revelam que os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. O
Novembro Azul alerta adicionalmente sobre as principais ameaças à saúde
masculina, que vão além do câncer da próstata.
Doenças
cardiovasculares, incluindo AVC (Acidente Vascular Cerebral) e Infarto Agudo do
Miocárdio, são as principais causas de morte entre homens. Medidas preventivas
como alimentação saudável e exercícios podem reduzir os riscos. Câncer, como o
de pulmão, da próstata e do intestino, também representa uma ameaça à saúde
masculina e a sua prevenção é essencial na redução da mortalidade.
No
Brasil, cerca de 2/3 dos homens com mais de 40 anos não realizam o toque retal, um exame fundamental para a detecção precoce de doenças na
próstata. Aproximadamente metade dos homens nunca realizou o PSA,
o exame de sangue que mudou a história natural do câncer da próstata.
Mas por que os
homens evitam o exame de próstata? Os principais motivos são o desleixo nos
cuidados com a saúde, preconceito pela via de acesso do exame, receio de sentir
dor ou desconforto e falta de acesso ao especialista.
O médico
urologista Heleno Diegues Paes ajuda a desmistificar o toque retal, indicando
que é um exame simples, rápido e indolor, que pode salvar vidas ao identificar
precocemente problemas na próstata. “Por isso a importância do exame de
rastreamento do câncer de próstata, que consiste na dosagem do PSA no sangue e
no exame físico da próstata (palpação) por um profissional experiente
(urologista)”.
O câncer de
próstata é a forma mais comum de câncer não-cutâneo em homens e a segunda
principal causa de morte por câncer. A cada 8 minutos, um novo caso é diagnosticado no
Brasil, e a cada 40 minutos, um homem morre devido a essa
doença.
As principais
causas são o envelhecimento, fatores hereditários, etnia, fatores hormonais,
infecções, dieta, obesidade e exposição inadequada ao sol, que também pode
aumentar o risco.
Na fase inicial, a
doença geralmente não apresenta sintomas. Quando ocorrem, os sintomas mais
comuns incluem dificuldade e necessidade frequente de urinar, especialmente à noite.
“Outros sintomas que podemos citar são dores ósseas, emagrecimento, diminuição
do jato urinário, sangramento no esperma”, diz Heleno.
Embora a prevenção
primária, ou seja, vacinas ou remédios para evitar a doença, não seja possível,
adotar um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada e
atividade física, pode reduzir o risco. A prevenção secundária, que é a
detecção precoce, envolve avaliações regulares com um urologista, incluindo os
exames de toque retal e PSA.
Se os resultados
do toque retal ou do PSA estiverem alterados, o urologista pode solicitar
exames adicionais, como PSA confirmatório, ressonância magnética e biópsia de
próstata.
Em relação ao
tratamento, o Dr. Heleno explica que, nos estágios iniciais, a doença pode ser
tratada com a cirurgia (prostatectomia radical), com radioterapia/braquiterapia
e com a vigilância ativa. Nos estágios mais avançados, são usadas a terapia de
deprivação androgênica e a quimioterapia.“E como inovações temos a cirurgia
assistida por robô, as técnicas de ablação por Hi-FU ou crioablação, os
aparelhos de radioterapia tridimensional, além do surgimento de novos
remédios”, diz o urologista.
Como é uma
preocupação de muitos homens, o médico destaca que todos os tratamentos afetam
a sexualidade de alguma forma, a exceção da vigilância ativa.
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