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domingo, 27 de agosto de 2023

A importância da parentalidade na criação de uma criança atípica

Educação parental e comunicação assertiva trazem contribuições no desenvolvimento socioemocional dos filhos

 

A relação entre pais e filhos é sempre uma questão muito delicada, necessita calma, experiência e muita dedicação, principalmente em famílias atípicas, aquelas com crianças com algum transtorno, como TEA - Transtorno do Espectro Autista, TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e TOD - Transtorno Opositivo Desafiador. Tanto a mãe quanto o pai, além dos cuidadores e da rede de apoio precisam estar envolvidos na criação, nos cuidados e demandas do filho. Todas as relações são beneficiadas com o fortalecimento da parentalidade e evitam possíveis conflitos na relação com a criança ou adolescente.

Para Andreia Rossi, educadora parental e especialista em TOD, entender a melhor forma de se comunicar influencia diretamente no comportamento e atitudes da criança em relação aos pais e ao mundo ao seu redor. “A comunicação assertiva nos permite expressar sentimentos, pensamentos e necessidades de maneira clara, respeitosa e firme”, comentou. “Escutar com empatia, estabelecer conexões, evitar críticas, reforçar comportamentos positivos, fazer combinados, definir limites claros e os envolver nas decisões, fará com que os conflitos se reduzam”, completou.

A educação parental se baseia em diversos fatores, entre eles, a disciplina positiva, que por meio de ações estratégicas, incentiva as famílias a viverem de uma forma mais saudável, fortalecendo a inteligência emocional tanto dos filhos quanto dos pais, além de incentivar a resolução pacífica de conflitos e a evolução socioemocional, contribuindo para uma melhora na autoestima e na regulação emocional da criança. Essas estratégias melhoram o estilo de vida de jovens típicos e atípicos, que entendem a lidar com suas emoções.

“A educação parental traz um sentimento de liberdade para as famílias, que não poderia acontecer de outra forma se não tivessem o conhecimento necessário. Além da sensação de segurança na relação entre pais e filhos, oferece também novas perspectivas para as crianças e adolescentes, sobre o mundo ao seu redor, proporcionando o fortalecimento da parentalidade”, explicou Andreia.

Outro quesito importante da parentalidade é a forma que a família e todos envolvidos irão cuidar da criança ou adolescente em relação ao seu transtorno. Muitos jovens atípicos podem desenvolver comorbidades, quando não recebem o devido cuidado. Problemas, como ansiedade, depressão, agravamento de padrões de comportamento e desregulações emocionais exageradas podem surgir. É sempre muito importante a família estar presente e atenta, além de ter o apoio profissional de um psicólogo, preferencialmente que siga a linha comportamental, e que indicará as melhores condutas junto aos pais em cada caso.  



Andreia Rossi - Master em Comunicação Social, Psicopedagoga e atualmente Educadora Parental, auxiliando as relações entre pais e filhos. Aos 8 anos, sua filha recebeu o laudo de TOD – Transtorno Opositivo Desafiador, atraso global do desenvolvimento e rebaixamento cognitivo. Com isso, realizou diversos cursos e se tornou especialista no assunto.


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