Embora ambas as
doenças tenham sintomas em comum, há algumas diferenças entre as suas
ocorrências, além dos tratamentos recomendados
Com as mudanças de estações e a chegada de clima
frio, alguns sintomas típicos de resfriado podem acometer as pessoas. Mas, em
muitos casos, pode haver uma confusão deles com os sintomas de uma rinite
alérgica. Porém, há algumas diferenças essenciais, conforme aponta a alergista
do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marisa Ribeiro.
“A rinite é um quadro de inflamação das vias aéreas
provocado por fatores ambientais, como alérgenos como a poeira e o mofo,
enquanto os resfriados são infecções causadas por vírus. Alguns sintomas são
parecidos como a coriza, a obstrução nasal, congestão nasal, espirros e
coceira, mas a principal diferença é que na rinite esse quadro se dá de maneira
mais crônica, sob algumas condições ou situações específicas”, afirma a médica,
ressaltando que os sintomas de resfriado podem ser acompanhados também por
febre, mal-estar e dor no corpo, que não costumam estar presentes nos casos de
rinite.
Para saber diferenciar as doenças, preciso
verificar o que está desencadeando os sintomas, segundo explica Marisa Ribeiro.
Ela destaca que se houve alguma mudança de clima e temperatura ou se o paciente
teve contato com alguma poeira, mofo ou cheiro é mais provável que o caso seja
de rinite. Isso também se dá quando não houver dor de garganta e febre,
sintomas mais comuns aos resfriados. “O resfriado é um caso agudo, que depois
de um tempo se resolve. No caso da rinite não, é um caso recorrente, contínuo e
que pode ir e voltar de acordo com esses contatos e exposições frequentes a
esses agentes”, analisa.
Em relação aos tratamentos, a médica alergista
reitera que para o resfriado não há um tratamento específico, mas que a
utilização de um analgésico ou medicamento para a dor, além de uma boa
hidratação e uma lavagem nasal com soro, podem ser suficientes. “A limpeza
nasal impede que o resfriado possa evoluir para um caso mais grave de infecção
bacteriana, associada à febre e ao catarro escuro”, diz. De acordo com ela, também
é importante ficar de repouso e evitar o contato com outras pessoas para evitar
a transmissão do vírus.
Já no caso da rinite, os casos são recorrentes, com
episódios que podem vir desde a infância. Embora a higiene nasal também possa
ser uma orientação, é preciso investigar a causa da rinite. “É importante
realizar testes de alergia, porque muitas vezes ela é causada por alérgenos do
ambiente, como ácaro, poeira e pelos de animais. Se a pessoa souber a causa ela
poderá encontrar um controle para compreender as variantes e realizar
tratamentos específicos. Há medicamentos tópicos que podem desinflamar o nariz,
mas também é possível fazer a imunoterapia, a chamada vacina da alergia, que
também pode ter a sua utilização avaliada como tratamento”, explica.
A identificação de alergias passa pela checagem do
histórico do paciente, além da realização de exames de sangue e exames cutâneos
que ajudam a identificar os quadros existentes. A médica, porém, enaltece que é
importante que o paciente também tenha histórias de episódios de casos
alérgicos como complemento aos exames. “ Se o paciente não tem nenhum caso e o
exame dá positivo ele não é considerado alérgico. É preciso dos dois para a
conclusão de um caso de alergia”, finaliza.
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