O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira, 3 de maio, manter a taxa básica de juros, a Selic, no seu índice atual: 13,75% ao ano. Essa foi a terceira decisão do comitê sobre o patamar de juros brasileiro no âmbito do governo de Luís Inácio Lula da Silva.
Na última reunião do comitê, em março, o Copom também optou pela manutenção da taxa em 13,75% ao ano. Dessa maneira, a Selic se mantém nesse nível desde agosto de 2022, sendo, também, o maior desde dezembro de 2016.
Para o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), Ulisses Ruiz de Gamboa, a decisão do COPOM está em linha com a maioria das expectativas de mercado, pois, a inflação, apesar de mostrar desaceleração, continua elevada, e, em termos anuais, bem próxima do “teto” da meta perseguida pela autoridade monetária.
“A manutenção da SELIC também se justifica pelo fato do Banco Central norte-americano (FED) ter novamente aumentado em 0,25 pontos percentuais sua taxa de juros básica, o que tende a elevar a cotação do dólar no Brasil, gerando pressão adicional nos preços internos”, explica Ruiz de Gamboa.
Ainda de acordo com o economista, a proposta do novo
arcabouço fiscal foi vista pelo mercado como positiva, mas sua existência e
definição final dependem do Congresso. “Portanto, a proposta por si só ainda
não foi capaz de reduzir as expectativas de inflação, que permanecem
desancoradas, dificultando a diminuição da taxa SELIC, o que permitiria maior geração
de empregos e de atividade econômica”, complementa.
Associação Comercial de São Paulo
(ACSP)
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