As dores de cabeça são divididas em duas classificações: as primárias, quando a dor de cabeça é o próprio problema, e as secundárias, que podem ser indicadores de algum outro problema Créditos: Envato |
Desde um pequeno desconforto ao final de um dia
cheio até a enxaqueca, é difícil escapar de uma dor de cabeça. Um levantamento
realizado em 2022 pelo The Journal of Headache and Pain,
periódico inglês especializado em dores de cabeça, revelou que mais da metade da
população mundial já sentiu dor de cabeça em algum momento.
As dores de cabeça são divididas em duas
classificações: “as primárias, quando a dor de cabeça é o próprio problema,
como a enxaqueca; e as secundárias, que podem ser indicadores de algum outro
problema, como ressaca e sinusite, ou algo mais grave, como um tumor ou
sangramento na cabeça”, explica a médica neurologista e professora do curso de Medicina
da Universidade Positivo (UP), Renata Ramina Pessoa, revelando que as
primárias são mais usuais e, dentre elas, a mais frequente é a dor tensional
episódica, aquela que geralmente aparece no final do dia, que incomoda, mas que
a pessoa consegue fazer suas atividades do dia a dia. Das dores secundárias, as
mais comuns são as causadas por ressaca, sinusite e febre.
Além dessas, existem outras causas simples para as
cefaleias, como a dor causada pela falta do uso de óculos de grau para as
pessoas que necessitam do acessório. “Quando a visão não está corrigida
adequadamente, o cérebro precisa trabalhar mais para compensar essa deficiência
visual, causando tensão e fadiga ocular, que desencadeia a dor de cabeça. Isso
é habitual durante atividades que exigem esforço visual, como leitura, uso
prolongado de computador e ambientes com pouca iluminação”, detalha a
neurologista, alertando que as pessoas que usam óculos com um grau inadequado
também podem sentir esse tipo de dor.
Renata aponta que o bruxismo, hábito de ranger ou
apertar os dentes de forma involuntária, também pode ser um gatilho para a dor
de cabeça, e que é importante acompanhar a situação paralelamente com um dentista
e um neurologista. “Essa condição causa uma tensão nos músculos da mandíbula,
cabeça e pescoço, que se estende até a região da têmpora e ocasiona uma
sobrecarga nesses músculos, que se manifesta como dor de cabeça”, explica a
médica, relatando que outras causas comuns para essas dores são as alterações
hormonais, como o período de menstruação, a dieta, quando há o consumo
exagerado de alimentos processados, cafeína e adoçantes artificiais, e fatores
ambientais, como ambientes poluídos, inalação de fumaça de cigarro, mudanças
climáticas e variação de temperatura.
A especialista ainda revela que, atualmente, uma
das causas mais frequentes de dor de cabeça é a exposição prolongada ao
computador, que causa tensão muscular no pescoço, ombros e cabeça, ocasionando
o incômodo. “As telas do computador e do smartphone possuem uma luz azul que
afeta o relógio biológico interno e perturba o sono, além de causar tensão
ocular. O uso contínuo do teclado e mouse também pode causar a tensão muscular
que leva à dor de cabeça”, explica Renata, que orienta pausas regulares durante
esse tipo de atividade, descansando de 5 a 10 minutos a cada hora de uso de
tela, além de ajustar a iluminação do ambiente para evitar o reflexo da luz no
monitor, posicioná-lo na altura dos olhos e praticar atividades físicas para
aliviar a tensão muscular e melhorar a postura. “Indica-se também óculos de
grau com lentes amarelas, que alivia a dor de cabeça causada por essa luz azul,
pois esse tipo de lente bloqueia a luz emitida pelas telas”, finaliza.
Universidade Positivo
up.edu.br/
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