Faturamento do setor, taxa de ocupação hoteleira e empego impulsionaram índice, aponta levantamento da FecomercioSP
Os bons desempenhos na ocupação hoteleira, nos empregos e no faturamento fizeram o turismo, como um todo, crescer 30,3% no primeiro mês de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado, e consolidar a recuperação do Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT). O indicativo mensal é verificado pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com o Observatório de Turismo e Eventos, da SPTuris.
Em janeiro, o faturamento do turismo e o número de empregados nos segmentos apresentaram altas de 135% e 17%, respectivamente. A taxa de ocupação hoteleira chegou a 50,2%. Segundo levantamento da Entidade, no contraponto anual, o faturamento do turismo na cidade mais que dobrou, com média diária de rendimento de R$ 44,1 milhões – ante os R$ 18,7 milhões constatados em janeiro de 2022. Na comparação com dezembro do ano passado, houve retração de 9,2%.
Este cenário só foi possível por causa da taxa de ocupação hoteleira mais elevada, de 48,7% para 50,2%, além do aumento das tarifas médias. Consequentemente, se a atividade está aquecida, há necessidade de mão de obra para atender à demanda. O número de empregados em setores ligados ao turismo chegou a 419 mil em janeiro, superior aos 401,7 mil no mesmo período de 2022 e dos 417,4 mil em dezembro.
As movimentações nos aeroportos e rodoviárias também seguiram a tendência positiva, tanto na comparação mensal quanto na anual. Nos terminais aéreos, a média diária de passageiros foi de 169 mil – quase 30 mil a mais do que há um ano. Nos terminais rodoviários, houve aumento anual de quase 9 mil, com média mensal em janeiro de 48 mil pessoas.
De acordo com a FecomercioSP, a queda mensal em algumas variáveis deve ser pontual, uma vez que, na cidade, o turismo continua vivendo um ciclo de expansão. A expectativa é que o carnaval tenha influenciado de forma positiva os dados de fevereiro – mesmo que os eventos (desfiles ou festejos de rua) sejam destinados a um público majoritariamente local.
Para Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP,
além do movimento de normalização dos fluxos, aproximando-se das curvas
pré-pandemia, janeiro foi um mês pródigo para as viagens internacionais e para
destinos de sol e praia, com natural redução da realização de eventos, o que
fez diminuir a demanda para a capital. “Entretanto, para além de toda a
movimentação prevista para o carnaval, que elevará os números de fevereiro, os
empresários percebem aquecimento nas cotações e contratações de espaços para
eventos de todos os tipos, o que sinaliza um ano bastante interessante para o
turismo paulistano”, afirma.
Nota metodológica
O indicador é composto por cinco variáveis que têm os mesmos pesos
para a criação do índice. São analisadas as movimentações de passageiros dos
aeroportos de Congonhas (Infraero) e Guarulhos (GRU Airport), assim como dos
passageiros das rodoviárias (Socicam), a taxa média de ocupação hoteleira na
cidade (FOHB), o faturamento do setor do turismo na capital (FecomercioSP/SMF-SP) e o estoque de emprego nas atividades exclusivas do turismo (Caged). O índice tem sua base no número 100, usada como referência de comparação em janeiro de 2020. Ele pode sofrer mudanças mensais em decorrência dos dados que compõem o cálculo, com a saída de projeções e a entrada de números consolidados na série.
FecomercioSP
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