A tecnologia
é um dos setores mais importantes e, atualmente, responsável por revolucionar a
maneira como trabalhamos, nos comunicamos, consumimos e nos divertimos. Sendo
um segmento em constante expansão, que busca facilitar a vida de todos,
deveríamos nos questionar por que demorou tanto tempo para começarmos a
discutir a importância da inclusão e da diversidade nessa área.
Ainda que com uma participação historicamente limitada no setor, as mulheres
são responsáveis por uma parte significativa do atual crescimento econômico e
tecnológico. A participação feminina na tecnologia é importante para criação de
produtos mais eficientes e relevantes para mulheres, já que uma solução
desenvolvida rigorosamente por homens nem sempre é adequada quando o
público-alvo é feminino.
Diversos estudos apontam a importância das mulheres na tecnologia, comprovando
que empresas com maior diversidade de gênero têm mais chance de desenvolver
soluções inovadoras. Segundo a consultoria americana McKinsey & Company,
empresas que possuem uma proporção maior de mulheres em cargos de liderança têm
maiores chances de rentabilidade. Além disso, pesquisa do LinkedIn descobriu
que a presença de mulheres em equipes de desenvolvimento de software pode
melhorar a qualidade do código e tornar o produto final mais eficiente.
Também acredito que presença de líderes mulheres na tecnologia ajuda a
combater estereótipos de gênero associados ao setor, inspirando as jovens a
seguir carreira em ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Mulheres como
Ada Lovelace, considerada a primeira programadora da história, e Sheryl
Sandberg, que foi diretora de operações do Facebook e é uma das mulheres mais
influentes na indústria da tecnologia, são extremamente importantes para
meninas que sonham em trabalhar na área. Diante de um cenário dominado por
homens, mulheres influentes em cargos de liderança ajudam a combater o sexismo
e preconceito de gênero. São exemplos e inspiração para jovens que estão
iniciando a carreira em TI.
Para incentivar a participação feminina, é preciso criar um ambiente
igualitário e inclusivo, com programas para ajudar jovens mulheres que querem
ingressar no mercado tech. Girls Who Code é uma organização
criada por Reshma Saujani, em 2012, e que atua nos Estados Unidos capacitando
mulheres a se tornarem líderes industriais e a combater a disparidade de gênero
na área. No Brasil, temos a organização ProgaMaria, criada por Camila Achutti e
Iana Chan, em 2017, e que já alcançou milhares de mulheres ao oferecer cursos
de programação, design, marketing digital, empreendedorismo e liderança.
A participação de mulheres tem se mostrado crucial para a inovação tecnológica,
ajudando a moldar o futuro dessa indústria. Ao criarem políticas de inclusão e
diversidade, as empresas de tecnologia não estão somente tornando a área mais
igualitária, mas também construindo um futuro sólido para o progresso da
tecnologia.
Eduarda Alves - trainee de pré -vendas na Roost, empresa de tecnologia
especializada em soluções de edge computing.
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