Coordenador do
Centro de Obesidade e Tratamento do Hospital Leforte alerta para o número
crescentes de obesos no Brasil. Fast-foods e estilo de vida são principais
causas
Neste sábado, 04 de março, é Dia Mundial da
Obesidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a obesidade como uma
doença e um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Em
2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam
acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um
índice de massa corporal (IMC) acima de 30. Os dados estão no site da
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso),
que traz ainda dados preocupantes sobre a obesidade no Brasil, onde essa doença
crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3%
em 2019.
Uma série de levantamentos realizados por organizações nacionais e estrangeiras colocam o Brasil entre os líderes em obesidade no mundo. De acordo com os dados do relatório Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, a proporção de adultos obesos entre a população brasileira passou de 11,8%, em 2006, para 22% em 2020. Outro relatório, do World Obesity Atlas, de 2022, informa que, em oito anos, o Brasil estará atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia no número de obesos.
Associada a uma série de danos físicos e mentais, como hipertensão, diabetes e alguns tipos de cânceres, a obesidade é uma doença crônica, progressiva e sem cura, identificada quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é superior a 30. Para chegar a esse resultado, os especialistas utilizam uma fórmula baseada no peso e na altura do paciente. O Dr. Tiago Szego, Coordenador do Centro de Tratamento de Obesidade e Diabetes, da unidade Morumbi, do Hospital Leforte, “a obesidade hoje é classificada como uma doença endêmica. Está aumentando exponencialmente no mundo, fato que preocupa muito, devido a necessidade de tratamentos sérios, para a vida toda”.
Considera-se como obesidade o IMC maior ou igual a 30 Kg/m2. A classificação da obesidade é feita da seguinte forma: Grau I: IMC entre 30 e 34,9; Grau II: IMC entre 35 e 39,9 e Grau III: (obesidade mórbida): IMC acima de 40 é o mais grave, com grande risco de contrair diversas outras doenças graves, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo e depressão.
Uma das principais causas para o aumento do número de obesos é devido aos hábitos alimentares. “A obesidade está em ascensão no Brasil, principalmente pelo padrão alimentar da população. Alimentos hiper processados, hipercalóricos e muito carboidratos e fast-foods são armadilhas perfeitas para o ganho de peso até chegar à obesidade”, ressalta do Dr. Tiago Szego. Pais que são obesos devem ficar atentos tanto a própria saúde quanto a de seus filhos, pois este é um dos fatores de risco de a criança nascer propenso a desenvolver a doença.
Os casos mais graves requerem
cirurgia bariátrica. As mais indicadas são a Bypass gástrico, que corta o
estômago e faz um “corta caminho” no intestino, e a Gastrectomia Vertical
(Sleeve), que somente corta o estômago, retirando parte dele. A indicação mediante
à algumas características do paciente, como hábitos de vida. O Dr. Tiago Szego
explica todo o ganho de qualidade de vida e saúde de quem faz este tipo de
cirurgia, recomendado pelos médicos a partir do grau II. “Quem realiza este
procedimento e segue à risca as recomendações dos médicos, além da perda de
peso, há também a remissão de doenças associadas, como diabetes, pressão
arterial, níveis de ácidos úricos, além de menor índice de dores articulares e
diminuição do risco de mortalidade”.
O Centro de Tratamento de
Obesidade e Diabetes, da unidade Morumbi, do Hospital Leforte, é organizado,
gerido e montado com profissionais experientes para o manejo e seguimento do
paciente portador de obesidade assim como suas comorbidades, com o
objetivo de oferecer um atendimento multidisciplinar para a doença e quadros de
saúde associados.
Com infraestrutura exclusiva para o tratamento da obesidade e todas suas doenças associadas, o Centro de Obesidade do Leforte Morumbi conta também com equipe multidisciplinar para oferecer a melhor abordagem terapêutica para cada caso. São cirurgiões bariátricos, endocrinologistas, cardiologistas, ginecologistas, psicólogos e nutricionistas.
“Temos toda uma equipe e todos os recursos necessários para atender melhor e com mais conforto os pacientes. Isso inclui o próprio mobiliário, como cadeiras maiores, balanças que suportam até 300 quilos”, ressalta do Dr. Tiago Szego. Outro diferencial é o atendimento direto, por canais exclusivos. “Além disso, todo paciente que passa por cirurgia ou procedimentos com a equipe do Leforte tem o acesso pessoal ao médico, fato que dá um maior conforto, suporte e confiança ao paciente”.
Mensalmente, a equipe de
cirurgia bariátrica da unidade Leforte Morumbi também realiza um encontro
online entre pacientes (já operados e aqueles que estão em processo para
realizar a cirurgia) e especialistas do Centro de Tratamento de Obesidade. O
objetivo é oferecer esclarecimentos sobre o tratamento antes e depois da
cirurgia. Durante estes encontros, os pacientes também trocam experiências.
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