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quarta-feira, 15 de março de 2023

Doenças respiratórias sazonais voltam a circular com a chegada do outono

Infectologista fala sobre os cuidados com as crianças nesse período


Periodicamente entre os meses de março a junho acontece um aumento de atendimento nos prontos-socorros pediátricos. Isso se deve à chegada do outono que, ao apresentar um ar mais seco e frio propicia a maior circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VRS)  (metapneumovírus, bocavírus, influenza, adenovírus, rinovírus), causando infecções das vias aéreas como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo SARS-Cov-2, embora a sazonalidade deste vírus ainda não esteja bem estabelecida.

 

“Essas doenças respiratórias podem ter uma série de sintomas semelhantes como tosse, febre, coriza e obstrução nasal. Em crianças mais velhas e adultos, estas infecções habitualmente são leves e autolimitadas, mas em alguns grupos com crianças pequenas ou com condições complexas como as decorrentes da prematuridade, as cardiopatas, com doenças pulmonares prévias e imunossuprimidas, podem evoluir de forma mais grave, necessitando de atendimento em pronto-socorro ou internação”, explica o infectologista do Sabará Hospital Infantil, Dr. Francisco Ivanildo de Oliveria Junior.

 

O especialista explica que nem sempre há necessidade de correr para o pronto-socorro. Na maioria das vezes, os casos têm uma melhora nos sintomas após três dias. Mas, caso não se estabilize nesse período ou a criança apresente: falta de ar e cansaço; dificuldade ao respirar: esforço maior no pescoço e na barriga; prostração /inatividade ou frequência respiratória aumentada na ausência de febre (respiração rápida), os pais devem procurar um especialista.

 

No Sabará Hospital Infantil os casos atendidos na urgência em decorrência das síndromes gripais tiveram um aumento de 66,7% na comparaçãos dos períodos de março a junho entre os anos de 2021 e 2022. “Por conta de todas as mudanças de rotina pós pandemia, as infecções por vírus sazonais também sofreram alterações ao longo do ano, mudando o período e muitas vezes a distribuição dos vírus nos últimos anos. Por esse motivo, ainda não conseguiremos prever como será o padrão para esse ano”, explica Dr. Francisco.

 

O infectologista dá algumas dicas que podem ajudar na prevenção das doenças respiratórias e até mesmo contribuir com sintomas mais leves, caso a criança se contamine:

 

·      Aplicar a vacina contra influenza (gripe), principalmente nas crianças com maior risco de complicações (menores de cinco anos e crianças de qualquer idade com doenças crônicas ou imunodeficiência);

·      Aplicar a vacina contra a covid-19 em todas as crianças a partir de seis meses.

·      Higienizar as mãos com frequência e evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;

·      Manter os ambientes ventilados e procurar fazer mais atividades ao ar livre;

·      Evitar aglomerações e ambientes fechados, principalmente com crianças pequenas ou com fatores de risco para complicação;

 

·      Seguir as orientações das autoridades de saúde em relação ao uso de máscaras em ambientes fechados, como em transporte coletivo, salas de aula ou outros ambientes com muitas pessoas.

·      Não enviar para a escola, creche ou berçário crianças com sintomas respiratórios de provável causa infecciosa.

 

 

Sabará Hospital Infantil


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