Análise da consultoria global indica que uso de nuvem gera benefícios de receita para as instituições de em média 4% devido à criação de novos produtos, serviços e modelos de negócios
O
investimento em nuvem para instituições financeiras é um motor de crescimento
que se traduz em aumento de receita e respostas positivas e imediatas dos
clientes diante de novos produtos, serviços e modelos de negócios, mesmo em
períodos difíceis como uma pandemia. No artigo “Cloud´s Transformation of
Financial Services: How covid-19 created opportunities for Growth Across the
Industry” (Transformação dos serviços financeiros na nuvem: Como a
Covid-19 criou oportunidades para o crescimento da indústria), especialistas da
Capco, consultoria global de gestão e tecnologia dedicada ao setor de
serviços financeiros do Grupo Wipro, analisaram como a Covid-19
e o avanço exponencial da tecnologia mudaram os serviços financeiros para
sempre. E uma das conclusões é que o movimento de adoção de nuvem continuará
forte, com investimentos aumentando nos próximos anos porque está se tornando
rapidamente mais inteligente, hiperconectada e penetrante.
O setor
financeiro passa por uma transformação sem precedentes devido a uma combinação
entre a revolução digital da sociedade e os impactos sociais e comerciais da
Covid-19. Os dois fatores alteraram muito o cenário competitivo entre 2020 e
2021, porque as instituições precisaram se tornar mais inteligentes e ágeis,
trabalhando de novas maneiras com tecnologias desconhecidas e em um ritmo
incomparável para atender às crescentes demandas dos clientes. As empresas
também tiveram que lidar com o aumento da concorrência, pois as fintechs, bem
como os gigantes da tecnologia, tiveram a oportunidade de buscar espaço para
atuar em meio a ambientes macro e microeconômicos incertos, mostra a Capco.
No artigo,
os especialistas da Capco mostram como as tecnologias de nuvem estão sendo
usadas como aceleradoras do crescimento atual, proporcionando retorno sobre o
investimento (ROI), e do que ainda está por vir. Para isso, analisaram dados
apurados com cerca de 340 executivos de serviços financeiros. Esses dados fazem
parte do estudo Wipro FullStride Cloud Services, que ouviu 1.300
executivos de nível C e dos principais tomadores de decisão em 11 setores, dos
quais 26% foram serviços financeiros relacionados -- especificamente, bancos,
seguros, e mercados de capitais, como consultoria de patrimônio e empresas de
ativos gestão.
A pandemia
forçou a maioria das indústrias a acelerar seus planos para atender os clientes
de forma mais eficaz e isso significou acelerar as estratégias de
digitalização. Uma das principais tecnologias que auxiliam nesse processo têm
sido os serviços em nuvem, definidos pela Microsoft como “a entrega de serviços
de computação -- incluindo servidores, armazenamento, bancos de dados, rede,
software, análise e inteligência -- pela Internet (‘a nuvem’) para oferecer
inovação, recursos flexíveis e economias de escala”. Os resultados mostraram
que a crise da Covid-19 acelerou a tecnologia, levando mais da metade dos
participantes do estudo a investir mais em nuvem para aumentar a resiliência,
reduzir riscos, possibilitar alternativas de trabalho mais flexíveis e criar
novos formas de interagir com os clientes.
A maioria
dos executivos iniciou sua jornada em direção à implementação digital completa
na nuvem, mas provavelmente faltam três a cinco anos para alcançar a
totalidade. Os investimentos em nuvem se compensam na redução de custos
operacionais. Mas, mais importante do que isso é que geram novas receitas. O
ROI gerado a partir da nuvem multiplica dez vezes à medida que as empresas
avançam em sua jornada na nuvem, aponta o levantamento da Capco.
Outros
benefícios levantados na pesquisa incluem tornar as organizações mais rápidas
para o mercado, aprimorando o relacionamento com seus clientes e contribuindo
para decisões mais inteligentes; e que dentro de dois anos, 40% das companhias
esperam ter avançado ou estarem totalmente otimizadas em relação a data centers
em nuvem, migração e modernização de processos e desenvolvimento de aplicativos
nativos da nuvem. “À medida que as empresas emergem da pandemia, as equipes de
gerenciamento estão incorporando a nuvem em suas plataformas de crescimento
para o futuro. Para os líderes digitais, a nuvem fornece uma base interconectada
e habilitada para dados para suportar as atividades de negócios em toda a
empresa e trazer soluções de fluxo de trabalho, enquanto alavanca o uso de
inteligência artificial (IA), internet de coisas (IoT) e outras tecnologias
transformadoras”, explica Carmem Albuquerque, Diretora Executiva da Capco.
O gasto
médio com nuvem em vários setores foi de US$ 37 milhões. Apesar desses investimentos, as
instituições financeiras perceberam que não estão totalmente otimizadas em
torno da nuvem. Menos de 20% consideram-se em implementação avançada.
Atualmente, as companhias operam, em média, 38% de seus aplicativos de negócios
por meio da nuvem. No entanto, antecipam que essa porcentagem aumentará para
55% em dois anos. Os gastos com nuvem são distribuídos uniformemente entre data
centers, desenvolvimento nativo da nuvem, migração de processos e modernização
desses processos. Também são equilibrados entre investimento inicial, custos de
implementação e manutenção e taxas contínuas, mostra o levantamento da Capco.
“Mesmo com o
Covid-19 desaparecendo com o tempo, o restante da década verá os desafios
aumentarem porque a pandemia desencadeou novas expectativas do consumidor. Eles
querem acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana aos seus recursos financeiros
de qualquer lugar onde estiverem”, destaca Carmem. Na visão dos pesquisados no
estudo, os gastos com nuvem devem aumentar nos próximos anos porque ela está se
tornando rapidamente mais inteligente, hiperconectada e penetrante. No âmbito
dos serviços financeiros, a nuvem é importante para o crescimento dos negócios
e geração de receita. Os líderes disseram que esperam tornar sua nuvem mais
presente em:
- Negócios, desenvolvimento e vendas (42%) - Ricas em
dados de clientes, as empresas de serviços financeiros podem usá-los para
campanhas de marketing mais direcionadas e, com plataformas em nuvem, têm
um processamento eficiente e mais barato, ferramentas de armazenamento e
de análise de dados com graus menores de segmentação, ou seja, mais
personalizado.
- Cibersegurança (48%) - As empresas necessitam atualizar
continuamente seus programas de defesa porque o crime cibernético aumenta
à medida que os criminosos se tornam mais sofisticados. Adotar a nuvem
ajuda porque os fornecedores entregam medidas de segurança comprovadas de
forma contínua. Além disso, os reguladores globais estão mostrando mais
interesse em proteger a segurança e a privacidade do consumidor online.
- Aquisição/cadeia de suprimentos (44%) - A nuvem permite
que os bancos usem melhor uma infinidade de serviços disponíveis de
fintechs e outros fornecedores e no mercado de capitais, o fornecimento é
beneficiado por integração com sistemas de preços e simulações de risco
usando grandes conjuntos de dados. A nuvem permite que a companhia teste e
instale esses serviços de forma muito mais rápida e eficaz porque não
dependem mais de um longo processo de aquisição de hardware.
- Desenvolvimento de produtos/P&D (62%) - Na nuvem,
as organizações podem tirar proveito de recursos computacionais para
modelar produtos potenciais, calcular retornos de novas linhas de negócios
e estimular a inovação usando práticas de desenvolvimento ágil para
detectar falhas rapidamente agilizando processos de troca e
aperfeiçoamento.
Benefícios, Obstáculos e como agilizar essa
jornada
A pesquisa
mostra que os executivos têm números mostrando que os clientes relatam
benefícios de receita ao longo de três anos devido ao uso da nuvem para criar
novos produtos, serviços e modelos de negócios. Os ganhos médios são de 4% e um
terço das empresas preveem aumentos de receita de até 15%. As organizações de
serviços financeiros ainda sinalizaram que o investimento em nuvem traz
retornos em 24 meses ou menos do ponto de vista do data center e para migração
de sistemas legados. O que mais chama a atenção é o ROI gerado na nuvem, que
como citado anteriormente, se multiplica 10 vezes à medida que as empresas
avançam em sua jornada de implantação. Participantes relatam que a adoção de
nuvem dá a capacidade das empresas converterem custos fixos de infraestrutura
em custos variáveis.
A falta de
uma estratégia de nuvem é o maior desafio enfrentado por empresas em geral,
dizem os executivos financeiros. As experiências dos clientes mostram que
tecnologias de nuvem têm sido tradicionalmente aplicadas no nível de
departamento para questões específicas como, por exemplo, melhorar a velocidade
e precisão de entrada de dados ou automatização de back-office. Assim, jornadas
digitais para toda a organização demoram a acontecer. “Nossas recomendações são
desenvolver uma estratégia e um roteiro de nuvem em toda a empresa no início do
processo de transformação, que detalhe a tecnologia escolhida, as medidas de
governança e prioridades de gastos”, explica Carmem.
Para agilizar
a jornada digital para a nuvem, a recomendação dos especialistas da Capco são:
- Compromisso organizacional: a adesão deve ser ampla e profunda em todas as
linhas de negócios.
- Priorizar etapas de implementação de uma forma que aumente a confiança dos
envolvidos, identificando as áreas primariamente envolvidas com atenção em todo
o cenário tecnológico existente, plataforma, aplicativo, ferramentas e
processos.
- Criar um roteiro agressivo, mas equilibrado para adoção da nuvem, com foco no
desenvolvimento de metodologias ágeis e capacitação para garantir que as
iniciativas digitais se alinham com os objetivos de negócios.
- Requalificação e recrutamento: organizações de serviços financeiros
precisarão rapidamente quebrar a equação de recursos de upskilling existente e
contratação de talentos para gerenciar a operação digital e a nuvem nativa em
desenvolvimento.
- Usar a experiência do cliente deve ser mantida como o tema central da
estratégia e adoção da nuvem.
- Investir em parcerias e na avaliação e alavancagem de terceiros, ferramentas
e recursos para agilizar a jornada para a nuvem e permitir repetibilidade e a
escala.
Os próximos
anos serão críticos para determinar a liderança em muitas indústrias, incluindo
serviços financeiros. “A demanda é por produtos hiper-personalizados para suas
escolhas de estilo de vida e, para as organizações de serviços financeiros
conseguirem atender a esses requisitos e crescer, precisarão ser impulsionados
por dados mais rápidos no mercado e serem ágeis e resilientes na execução.
Alguns vão desaparecer, outros desconhecidos vão subir, produtos ainda vão
surgir e as empresas melhor projetadas para competir nessa turbulência serão
coroadas como as novas líderes do setor”, afirma a executiva.
O conteúdo completo (em inglês) pode ser acessado
AQUI.
Capco - empresa
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