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terça-feira, 22 de março de 2022

Estudo revela a alta global de osteoartrite em 113.25%

Só no Brasil - cerca 12 milhões sofrem com a doença, o equivalente a 6,3% da população adulta
 

Um levantamento do Colégio Americano de Reumatologia, publicado na revista “Arthritis & Rheumatology”, revela um crescimento no número de casos de osteoartrite no mundo. Segundo o estudo, realizado com base em dados que cobrem o período entre 1990 e 2019, houve uma alta global de casos de 113.25% no período estudado: saltou de 247.5 milhões, em 1990, para quase 528 milhões em 2019.

O levantamento se baseou nas informações coletadas pelo consórcio conhecido como Global Burden Disease (Carga Global de Morbidade), que reúne 7 mil pesquisadores de mais de 150 países. De acordo com o levantamento, a doença afeta mais as mulheres que os homens, mas há diferenças geográficas: países com maior índice de desenvolvimento exibem uma incidência mais alta, o que pode estar relacionado a diagnósticos precoces.

O médico ortopedista Dr. Pedro Baches Jorge, explica que a osteoartrite é uma doença das articulações caracterizada por degeneração das cartilagens com inflamação e quando atinge os joelhos já é considerada um dos problemas que mais pesa no índice do Global Burden of Diseases, embora, percentualmente, a osteoartrite de quadril seja a que mais vem crescendo. “A doença está aumentando pelo aumento da expectativa de vida e pela falta de cuidados ao longo da vida ou por lesão por atividade física. Para reverter esse quadro é importante prevenir para não gastar a articulação e para estabilizar a evolução deste desgaste”, explica.

Para Baches, o tratamento clínico é baseado em 4 pilares: medicamentos que melhoram a condição da cartilagem articular, perda de peso para não sobrecarregar a articulação, atividade aeróbica para estimular a cartilagem e por fim, o fortalecimento muscular adequado. “Quando os qquatro pilates funcionam, conseguimos controlar a doença apenas clinicamente, e nos casos mais graves, há a opção da realização de infiltração com ácido hialurônico, que ajuda a lubrificar a cartilagem e melhorar o quadro de dor. Nos mais graves ainda a última opção é a cirurgia de prótese de joelho, na qual se troca a superfície do joelho e melhora a qualidade de vida, além de possibilitar o retorno às atividades normais e o fim da dor”, finaliza o médico.

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