Pandemia, Síndrome de Burnout, desmotivação,
infelicidade no ambiente de trabalho, alto índice de
depressão, esses foram temas em alta no ano de 2021, mas, com a
chegada de um novo ano novo, é possível reverter esse cenário com algumas
medidas; confira o passo a passo para começar 2022 renovado e
motivado
O ano de 2021 foi marcado por muitos debates sobre a infelicidade no mercado de trabalho. Um dos temas recorrentes foi a crescente nos casos de Síndrome de Burnout, em pessoas que extrapolavam as horas de trabalho em home office. O transtorno que é causado pelo esgotamento físico e mental, devido a rotina de trabalho exaustiva, é um exemplo de como as empresas precisam se reinventar para não prejudicar os colaboradores e até sua presença no mercado. Outros temas debatidos também foram o aumento do turnover nas empresas, além do estresse e problemas com sono/concentração devido a pandemia.
Em
meio às mudanças na vida profissional e pessoal, se adaptar pode se tornar um
processo difícil e doloroso e que também pode trazer
danos para a autoestima. Para se ter ideia, de acordo
com uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em onze
países, o Brasil lidera os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia.
De acordo com o estudo, o país é o que mais tem casos de ansiedade (63%) e
depressão (59%). Números como esses mostram como a saúde mental dos brasileiros
foi afetada durante a pandemia.
De
acordo com Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK -
startup que nasceu para ajudar as empresas a melhorarem a saúde
de seus colaboradores, implementando um programa que visa transformar a vida
das pessoas e o resultado das corporações -, as empresas devem enxergar a
saúde como um investimento e não como uma linha de custo para a
empresa. “As boas organizações precisam investir no bem-estar
dos membros da equipe para evitarem, futuramente, gastarem com
doenças causadas pelo sedentarismo e estresse, por exemplo. Isso também permite
com que elas diminuam consideravelmente os custos das organizações com plano de
saúde, absenteísmo e baixa produtividade. No Brasil. esse movimento
vem acontecendo, em que a preocupação com a saúde está cada vez mais
consciente e estratégica para as corporações”, revela.
Para a
psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC
de SP, sentir-se bem tem sido um desafio para muitas pessoas e
colaboradores nessa fase de pandemia. “As frustrações comprometeram até mesmo
a autoestima, já que muitas pessoas não conseguiram realizar os projetos
que tinham planejado. Esse aumento nos casos de depressão e ansiedade se deram
também por conta das mudanças drásticas na rotina, além de todo o medo e
incerteza que vieram junto. Às pessoas ficaram com as emoções à flor da pele, o
que prejudica o equilíbrio e contribui para a baixa autoestima”,
explica.
Abaixo,
os especialistas listam
cinco dicas para recuperar a autoestima no trabalho.
Confira:
1
- Faça amigos no trabalho: ter
uma amizade no trabalho torna os colaboradores mais engajados e
felizes. Isso é o que diz uma pesquisa realizada pelo Instituto
Gallup que revela a importância de ter um melhor
amigo no ambiente profissional. “Muitas vezes, com a correria do dia
a dia, as empresas deixam de lado o incentivo para que as equipes se
conheçam, uma das formas de mudar esse cenário é optar por programas de
gamificação que levem engajamento, saúde e socialização entre os
colaboradores”, indica Camargos.
Para ele,
é possível incentivar essa relação de amizade por meio de atividades físicas.
“Durante o programa corporativo de saúde e integração desenvolvido
pela VIK, por exemplo, os colaboradores de uma determinada
empresa participam de uma competição virtual de atividade física, por meio
de um sistema gamificado e suas atividades físicas aparecem em um ranking que
funciona como uma rede social saudável. O programa gera um movimento
interessante, as pessoas começam a conversar em torno de um assunto prazeroso
e, naturalmente, as relações são suavizadas ao longo do período”, explica.
2
- Cuidados com sua saúde física e mental: o
Brasil é um dos países mais sedentários da América Latina. Segundo uma pesquisa
divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quase metade dos brasileiros
- 47% - não praticam exercícios suficientes para manter o corpo
saudável. Outro dado alarmante é sobre a saúde mental da população, já que o
país tem o maior índice de prevalência da doença na América Latina. As
empresas podem ajudar a transformar os hábitos e a rotina dos
funcionários. “É fundamental que os líderes pensem no impacto da
saúde no potencial humano e a importância da implementação de
programas de saúde/qualidade de vida para os colaboradores. Por isso,
devem disponibilizar momentos de lazer, atividades físicas em grupo, meditação
e confraternização”, aconselha Camargos.
Além
da mudança na prática de atividade física e no sedentarismo, a
implementação de programas de humanização afeta outros setores da vida dos
colaboradores. “Percebemos as transformações de hábitos nos participantes mais
conscientes quando se trata de nutrição, álcool, cigarro, diminuição do
estresse e melhora no sono/concentração”, conta Tomás.
3
- Faça terapia: a falta de autoestima pode
ser uma ponte para quadros de ansiedade, medos, fobias e
até para depressão. “Procurar um profissional pode ser necessário e
ajuda no sentido de fazer com que o paciente
entre no processo de autoconhecimento, trazendo mais segurança e
autonomia para sua vida. Além disso, contribui no controle
das emoções, fortalecendo a autoconfiança e autoaceitação. Existem abordagens e
técnicas bastante eficazes que podem ser a chave para a melhora do
bem-estar emocional da pessoa”, explica Vanessa Gebrim.
4
- Esteja alinhado com o propósito da empresa em que trabalha: de
acordo com uma pesquisa realizada pela Sodexo Benefícios e Incentivos, 53,8%
dos brasileiros acreditam que seu propósito de vida está conectado com
seu trabalho atual. “Mais do que um salário alto e benefícios, os
colaboradores querem se sentir uma parte fundamental da empresa. Hoje, vida
pessoal e profissional estão interligadas, somos uma mesma pessoa”, acrescenta
Camargos.
As
corporações que não se adaptarem vão ser ultrapassadas. “As startups são a
prova de como esse cenário mudou, ninguém quer mais passar horas
sentado no escritório, sem um momento de interação ou com roupas
sociais desconfortáveis. As pessoas procuram qualidade de vida, horários
flexíveis e experiências novas”, finaliza Camargos.
5.
Se olhe e se entenda: é importante entender que tudo o que a
pessoa fizer que, de alguma forma, contribua para que ela se orgulhe
de si, a ajudará a fortalecer sua autoestima. “Quando a pessoa está focada
em seus aspectos negativos, a insegurança certamente estará presente em sua rotina
e relacionamentos. Dentro do processo de autoconhecimento, a pessoa aprende a
gerenciar suas emoções e desenvolve sentimentos positivos sobre si e sobre o
mundo”, conclui a psicóloga Vanessa Gebrim.
VIK
www.vik.app
Vanessa Gebrim -
Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu
desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia
de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias
que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de
pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É
precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR,
Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas
modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam
mudanças no âmbito cerebral. Atua também como Consteladora Familiar,
com abordagem sistêmica que promove o equilíbrio e melhora relações
interpessoais. Tem amplo conhecimento clínico, humanista, positivista e
sistêmico e trabalha para provocar mudanças profundas que
contribuam para a evolução e o equilíbrio das pessoas. Mais de 20
anos de atendimento a crianças, adolescentes, adultos, casais e idosos, trata
transtornos alimentares, depressão, bullying, síndrome do pânico, TOC, ansiedade,
transtorno de estresse pós traumático, orientação de pais, distúrbios de
aprendizagem, avaliação psicológica, conflitos familiares, luto, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário