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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Cuidado integrativo auxilia no tratamento de pacientes com sequelas pós-Covid

Oferecidas pelo SUS, práticas como Acupuntura, Yoga e Aromaterapia servem de complemento à medicina convencional


Yoga, Homeopatia, Terapia de Florais e Fitoterapia são exemplos das PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde) oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para auxiliar no tratamento convencional de doenças, incluindo a Covid-19.

As PICS são recursos adicionais à medicina convencional e buscam estimular os mecanismos naturais de recuperação e prevenção dos desequilíbrios da saúde.

As psicólogas Rosimere Nascimento, interlocutora da equipe, e Adriana Fabozzi, que atuam no Polo PICS, incorporado em 2020 pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", na zona sul de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, ressaltam a importância das atividades como tratamento complementar aos convencionais.

De acordo com as profissionais, as PICS contribuem para a redução dos aspectos emocionais relacionados às doenças. "No cuidado integrativo, a pessoa é mais importante que os sintomas que ela sente. Ao cuidar do indivíduo, ele passa a se reconhecer como um todo, gerando maior responsabilidade sobre si e, com isso, em seu autocuidado", explica Adriana, especialista em Cuidado Integrativo, que atua com práticas como Meditação/Mindfulness, Yoga, Reiki, Auriculoterapia e Aromaterapia.

Segundo ela, os pacientes atendidos pelo Polo PICS CEJAM passam por um processo que vai além da recuperação da saúde, levando a uma construção transformadora que parte do autoconhecimento e leva ao autocuidado e à autonomia.

"Quanto maior a integração alcançada, melhor a pessoa se reconhece como corresponsável pelos cuidados com sua saúde integral, fazendo das PICS um cuidado emancipador", destaca.


Recuperação pós-Covid

Por não se tratar de um serviço especializado, as UBS (Unidades Básicas de Saúde) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) podem encaminhar seus pacientes para o Polo PICS, se assim desejarem.

Segundo Rosimere, hoje, o Polo tem priorizado, principalmente, a população com sequelas pós-Covid ou questões relacionadas à doença, como a ansiedade, por exemplo.

A psicóloga explica que o Polo surgiu em um momento oportuno e muito necessário, potencializando a realização das PICS para melhoria da qualidade de vida. Para não deixar de atender a essas pessoas, Rosi explica que ainda é possível realizá-las na modalidade EAD.

"Alguns pacientes atendidos no Polo não chegaram a desenvolver o Coronavírus, mas sofrem por conta outras questões relacionadas a pandemia, seja pelo isolamento imposto pela pandemia ou por instabilidade financeira, fatos que auxiliam no aumento da ansiedade, alteração na qualidade do sono, entre outras sintomas que agravam a qualidade de vida do indivíduo", avalia a interlocutora do Polo PICS.


Práticas oferecidas

Atualmente, o trabalho é desenvolvido na UBS Jardim Lídia, gerenciada pelo CEJAM na zona sul, e conta com uma equipe multidisciplinar, composta por psicóloga, acupunturista, educadora física e técnicos educacionais.

As Práticas Integrativas estão presentes no SUS desde o seu surgimento, porém, a partir de 2006 elas fazem parte de uma política própria, chamada de PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares).

As práticas disponíveis no Polo PICS são: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Auriculoterapia, Plantas Medicinais, Arteterapia, Dança Circular, Meditação/Mindfulness, Musicoterapia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Yoga, Aromaterapia, Geoterapia, Reiki/Imposição de Mãos, Dao Yim e Terapia de Florais.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"

 

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