Que dormir bem e ter boas noites de sono são essenciais ao bem-estar físico, mental e psicológico todos sabem fartamente. O sono possui funções vitais, como regular o metabolismo, propiciar o crescimento, consolidar a memória, reforçar a imunidade, além de preservar e qualificar a integridade intelectual e emocional.
Aliás, quando o assunto é sono, vale a máxima: nem
tanto ao céu nem tanto ao mar. Dormir pouco acarreta prejuízos à saúde: reduz a
capacidade de memória e a concentração, afeta a tomada de decisões e os
reflexos; amplia riscos de acidentes no trânsito, por exemplo.
Há situações em traz ganho de peso, devido a
mudanças alimentares. É ainda comprovado que uma rotina de sono insuficiente
aumenta as chances de doenças cardiovasculares e pode agravar quadros clínicos
de depressão.
O outro lado da moeda, dormir demasiadamente, é
também ruim ao organismo. A sonolência acima da média em geral é sinal de que
algo não está certo. Pode ter consequências semelhantes à insuficiência, como a
dificuldade para a concentração, indisposição e até mesmo alterações no humor.
“O sono excessivo deve ser avaliado por um
especialista com o objetivo de identificar causas. É um distúrbio que facilita
acidentes de trabalho, prejuízos à qualidade de vida e em relações pessoais”
pondera a dra. Sônia Maria Guimarães, pneumologista com área de atuação em
Medicina do Sono.
Ela argumenta que a disfunção pode ser
resultado de maus hábitos, como a privação voluntária de sono ou sintoma de
doenças, tipo a depressão. O uso de certos medicamentos, entre eles, os
antialérgicos e relaxantes musculares, podem ser gatilhos de sonolência ao
longo do dia.
“Em regra, doenças podem estar associadas à
sonolência, como o diabetes quando descompensado, o hipotireoidismo, que é a
tireoide hiposuficiente na produção de seus hormônios, além das infecciosas,
neurológicas e psiquiátricas.”, pontua a dra. Sônia.
Conforme a neurologista Rosa Hasan, especialista em
Medicina do Sono, há diversas patologias de risco, quando não tratadas
adequadamente. A apneia é uma delas.
Comumente causadora de sono excessivo e de
sonolência durante o dia, é enfermidade respiratória que torna o sono
fragmentado, levando a pessoa a acordar várias vezes. A má qualidade do
descanso acaba causando fadiga e indisposição.
Dra. Rosa cita ainda a narcolepsia e a hipersonia
idiopática. Ambas são condições incomuns. A primeira caracterizada por sono
constante durante o dia; chega até a provocar alucinações e pesadelos durante
as dormidinhas.
Já na hipersonia, bem mais rara, o paciente tem
necessidade enorme de sono: doze, treze, quatorze horas ou mais.
Há tratamento para todos os
episódios citados, como cochilos orientados regulares, opções farmacológicas e
por aí segue. A procura de um médico especialista é imperiosa para avaliação de
caso e diagnóstico personalizado.
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