Árvore de Natal montada, casa arrumada, luzes
acesas, meias na janela e muita expectativa. Ajustadas as condições para
a chegada do bom velhinho, será que ele irá se aventurar a driblar o Covid-19 e
chegará aos nossos lares?
A maior representação do Natal se torna ainda mais
importante quando, apesar do distanciamento, das precauções e de todas as
restrições decorrentes da pandemia, consegue ajudar a manter viva a magia dessa
época tão especial.
À imagem do Papai Noel carrega um símbolo de
encantamento e esperança muito necessário em épocas mais carentes de alegrias.
Reinventar esse período, mesmo diante de tantas limitações impostas
abruptamente, pode ajudar às crianças a experimentarem um lado lúdico
fundamental nessa fase.
De certo, a magia do momento não pode prescindir de
segurança, contudo o desejo de acreditar nessa figura tão empática, perpetuada
pela tradição, traz união às mais diversas famílias, permitindo inclusive que
os próprios adultos possam adentrar nesse universo de fantasia, afastando-se um
pouco das questões do real do mundo, mesmo que por alguns instantes.
Os pequenos, por sua vez, são intrinsecamente
crédulos, principalmente no que tange os seus cuidadores ou às pessoas
próximas. Por esse motivo, enquanto os mais crescidos optarem por alimentar
esse mito é bem provável que o encanto dessa época permaneça vivo mesmo diante
de tanta tecnologia ou da disponibilidade abundante de informação.
Assim, essa lenda tão popular sobrevive há séculos
e transpõe fronteiras, ainda que atravessemos esse período endêmico. Papai Noel
impulsiona a imaginação, incentiva a união e o olhar mais caridoso para com o
próximo, abre oportunidade para criação de novas vivências significativas e
profundas e une pela ficção diferentes gerações em busca de momentos
inesquecíveis. Superando as impossibilidades, o velhinho sempre vem!
Bruna Richter - graduada em Psicologia pelo IBMR e
em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva
e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC. Escreveu livros infantis: "A
noite de Nina - Sobre a Solidão", "A Música de Dentro - Sobre a
Tristeza" e " A Dúvida de Luca - Sobre o Medo". A trilogia
versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças - no intuito
de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser
nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à
pandemia, chamado "De Carona no Corona". Bruna é ainda uma das
fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em
torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando
a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes
Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais
eficiente.
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