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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Se o Papai Noel faz parte do grupo de risco, o Natal sobreviverá à pandemia


Árvore de Natal montada,  casa arrumada, luzes acesas, meias na janela e muita expectativa. Ajustadas as  condições para a chegada do bom velhinho, será que ele irá se aventurar a driblar o Covid-19 e chegará aos nossos lares?

A maior representação do Natal se torna ainda mais importante quando, apesar do distanciamento, das precauções e de todas as restrições decorrentes da pandemia, consegue ajudar a manter viva a magia dessa época tão especial.

À imagem do Papai Noel carrega um símbolo de encantamento e esperança muito necessário em épocas mais carentes de alegrias. Reinventar esse período, mesmo diante de tantas limitações impostas abruptamente, pode ajudar às crianças a experimentarem um lado lúdico fundamental nessa fase.

De certo, a magia do momento não pode prescindir de segurança, contudo o desejo de acreditar nessa figura tão empática, perpetuada pela tradição, traz união às mais diversas famílias, permitindo inclusive que os próprios adultos possam adentrar nesse universo de fantasia, afastando-se um pouco das questões do real do mundo, mesmo que por alguns instantes.

Os pequenos, por sua vez, são intrinsecamente crédulos, principalmente no que tange os seus cuidadores ou às pessoas próximas. Por esse motivo, enquanto os mais crescidos optarem por alimentar esse mito é bem provável que o encanto dessa época permaneça vivo mesmo diante de tanta tecnologia ou da disponibilidade abundante de informação.

Assim, essa lenda tão popular sobrevive há séculos e transpõe fronteiras, ainda que atravessemos esse período endêmico. Papai Noel impulsiona a imaginação, incentiva a união e o olhar mais caridoso para com o próximo, abre oportunidade para criação de novas vivências significativas e profundas  e une pela ficção diferentes gerações em busca de momentos inesquecíveis. Superando as impossibilidades, o velhinho sempre vem!

 

 


Bruna Richter - graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC. Escreveu livros infantis: "A noite de Nina - Sobre a Solidão", "A Música de Dentro - Sobre a Tristeza" e " A Dúvida de Luca - Sobre o Medo". A trilogia  versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças - no intuito de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à pandemia, chamado "De Carona no Corona". Bruna é ainda uma das fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais eficiente.


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