Com o anúncio de novas medidas de restrição ao comércio e serviços, o Instituto Unidos Pelo Brasil lançou um alerta pelas redes sociais após o anúncio de fechamento parcial do comércio como medida de combate à pandemia do coronavírus. Para os 150 empresários e 20 entidades que compõem o instituto, além das medidas tomadas em conjunto é preciso ampliar o diálogo com o setor produtivo.
O mais importante neste momento é um diálogo
pensado, do ponto de vista da saúde, em prol da imunização da população e, por
outro, em maneiras de manter a economia funcionando plenamente com cuidados
necessários para proteger a população economicamente ativa.
“Chegamos no momento em que a pandemia persiste, é
uma realidade, e devemos reagir integrando governo federal e estadual, cidades
e a iniciativa privada onde estamos inseridos.”, diz Nabil Sahyoun, líder do
Instituto Unidos Pelo Brasil.
Resultados positivos e ameaças à recuperação
Após a reabertura iniciada no segundo semestre, o
consumo das famílias cresceu 7,6% entre julho e setembro após a redução forte
de 11,3% no segundo trimestre, segundo dados do IBGE. O crescimento no consumo
já reduziu a previsão de queda no PIB, aumentou a demanda na indústria e já
levou a inflação e choque de oferta de alguns produtos.
“Já era previsto o aumento do número de casos
quando a economia reabrisse e hoje foi investido muito para adequação de lojas,
pequenos comércios, restaurantes, fábricas, aos protocolos exigidos. Estamos ao
lado do poder público para mantermos a economia funcionando.”, completa
Sahyoun.
Na visão dos membros do Instituto Unidos Pelo
Brasil, uma nova rodada de restrições, somada ao cenário macroeconômico como o
fim do auxílio emergencial do Governo Federal e a virada do ano que já reduz o
consumo das famílias, pode levar à continuidade da crise econômica para 2021.
Outra ameaça é a inflação que se dá por conta da falta de insumos em uma quebra
da cadeia de produção no primeiro semestre.
“Não vamos incorrer no mesmo erro que custa muito,
reduz a atividade produtiva e, por consequência, o consumo, gera desemprego e
problemas de saúde além da pandemia.”, avalia Sahyoun.
O Instituto Unidos Pelo Brasil sugere 6 ações
urgentes contra as restrições em curso em alguns estados:
- Os
governos devem priorizar investimentos na saúde: reabertura de leitos
específicos para pacientes de COVID-19 e investir na atenção primária da
saúde com os agentes de saúde identificando possíveis focos de contágio;
- É
preciso retomar de forma integral a oferta de transporte público que segue
restrita em inúmeras cidades para evitar aglomerações;
- Da
mesma forma, aplicar protocolos rígidos, os mesmos que são exigidos da
indústria e do comércio, para higienizar espaços públicos e o transporte
público;
- Com
novas restrições, os governos municipais podem flexibilizar impostos como
o IPTU, por exemplo, e estudar a redução de tributos estaduais como o
ICMS. Isso ajuda a dinamizar a economia neste momento de novas restrições;
- Para
o Governo Federal, reforçar as linhas de crédito acessíveis ao pequeno
empresário;
- Governos
devem usar a mesma logística das campanhas de vacinação e focar nas ações
integradas no momento da distribuição. Com a agilidade da aprovação via
Anvisa, não postergar o início da vacinação da população e contar,
inclusive, com a estrutura privada neste apoio.
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