Nutricionista fala sobre como passar por essa época com saúde e sem radicalismos
O ano está chegando ao fim, e mesmo que as celebrações tenham que ser diferentes devido à pandemia, os pratos especiais dessa época estão sempre presentes. Para quem está firme na dieta, mas também não quer passar vontade na hora da ceia, a boa notícia é que a estratégia “equilíbrio” continua sendo a melhor para não causar grandes impactos na saúde e na balança. “Costumo dizer que as práticas alimentares negativas sempre pesam mais do que as positivas. Ou seja, se o indivíduo se alimenta bem durante cinco dias e chuta o balde no fim de semana, ele já está criando um ambiente metabólico desfavorável ao ganho de massa magra e favorável ao ganho de gordura, inflamações e, até mesmo, resistência insulínica”, alerta o nutricionista ortomolecular Rafael Félix, consultor da Via Farma.
De acordo com o especialista, um feriado ou fim de semana de “pé na jaca” pode custar até 15 dias de esforços do organismo para eliminar as toxinas e voltar ao equilíbrio, principalmente quando há excesso de ingestão de álcool. “Não são apenas as calorias que contam nessa equação, mas também as alterações metabólicas e sistêmicas que podem ocorrer após um dia de exageros. Mas, se formos considerar apenas as calorias, só o álcool é duas vezes mais calórico do que o açúcar, por exemplo”, explica o nutricionista. Mas, como lembra Félix, é possível celebrar com equilíbrio, sem radicalismos e sem deixar de aproveitar as delícias típicas do Natal e do Réveillon.
“Na noite de Natal, por exemplo, é comum termos várias opções na mesa, inclusive as mais saudáveis. Então tente fazer um prato mais natural. Um pouco de arroz, acompanhado de peito de peru, que é a parte mais magra da ave, algumas oleaginosas e uma salada já formam um prato saboroso e equilibrado”, indica o nutricionista. E se bater a vontade de comer um docinho ou alguma outra guloseima típica dessa época, não precisa passar vontade – é só comer sem exagero. “Nesse quesito, a recomendação é não cometer excessos, pois assim como o álcool, os doces têm potencial inflamatório, e podem causar retenção hídrica, desequilibrando os neurotransmissores e estimulando o cérebro a pedir cada vez mais por alimentos calóricos, ricos em gorduras e açúcar”, pontua.
Outro fator a ser considerado é que não vale exagerar na comida e na bebida contando com uma semana a “pão e água” depois das festas. “Esse tipo de radicalismo não faz bem ao organismo. Um fim de semana de excessos seguido por uma semana de restrições alimentares pode acabar desencadeando transtornos de humor, compulsão e outros distúrbios alimentares, principalmente se esse padrão se repete com frequência. Por isso, se vai sair da rotina, tente não fazer isso por mais de um dia e retorne ao hábitos saudáveis em logo em seguida” diz Félix.
E se mesmo depois de todas as dicas, o pé na jaca
for inevitável, saiba que é possível correr atrás do prejuízo com algumas
medidas específicas. “A primeira delas é voltar para a rotina de exercícios de
força e aeróbicos, aumentando a ingestão de água, para eliminar as toxinas.
Além disso, siga uma dieta estruturada por um nutricionista, se possível. Esse
profissional poderá, inclusive, indicar suplementos naturais, como a combinação
entre extratos de manto de senhora, oliva, hortelã selvagem e sementes de
cominho, ativos que agem sinergicamente no controle do apetite, acelerando o
emagrecimento de forma saudável”, finaliza o nutricionista.
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