O neurofilósofo Fabiano de Abreu explica sobre a justiça e a
define como crucial para o equilíbrio de uma sociedade
O Dia da Justiça comemorado
anualmente dia 8 de dezembro, no Brasil, tem como objetivo
homenagear o Poder Judiciário brasileiro e todos os profissionais
responsáveis em fazer com que a justiça seja cumprida com imparcialidade. O
neurocientista, neuropsicólogo e filósofo Fabiano
de Abreu, define a justiça com base filosófica da ética e da moral e
com base na neurociência em nosso organismo.
“A ética faz parte do ser, do seu
comportamento, define quem a pessoa é e, a moral é um conjunto de regras,
costumes e formas de pensar que definem o que devemos ou não fazer em uma
sociedade com influência da ética. A justiça é uma maneira de justificar a
moral e buscar o equilíbrio social para uma melhor saúde mental e felicidade
das pessoas.”, inicia.
Com base na neurociência, Abreu
define esses conceitos filosóficos cruciais para a nossa sobrevivência em
harmonia.
“A ética é transportada pela
histona, que carrega nosso código genético e interfere no engrama formatado em
nosso neurônio, ou seja, são os valores de uma geração que condiciona à priori
os valores da próxima geração. Para que isso ocorra, precisa haver justiça,
cumprir-se as leis, as regras que nos mantêm seguros e é um dever político a
educação e a saúde para que essa justiça prevaleça e também, de profissionais
responsáveis pelo cumprimento e imparcialidade da justiça. O sentimento de
injustiça é um engrama formatado em nossa memória trazido pela histona de nosso
antepassado, resultado de um processo evolutivo que, quando afetado, quando
sente-se injustiçado, este impacto causa uma disfunção em nossos mensageiros
químicos cerebrais levando a problemas comportamentais, potencializando a
ansiedade e o estresse que nos levam a doenças já conhecidas como a depressão,
transtornos e síndromes.”, explica o neurocientista.
Para Fabiano de Abreu, a justiça
é um dos três pilares da sociedade, apenas sustentada se os outros não
falharem. Justiça, educação e saúde são indissociáveis e apenas representam
mudança quando alcançadas ao mesmo tempo e na mesma medida.
“De forma resumida, a justiça
entrelaçada à educação e à saúde é primordial para o equilíbrio social para que
possamos passar o melhor de nós para as próximas gerações diminuindo assim as injustiças.
Um país sem lei, um país injusto, uma justiça ineficiente, acarreta em uma
sociedade desequilibrada, violenta, revoltada, desorganizada e infeliz.
Removendo assim qualquer possibilidade de vida social.”, conclui o cientista.
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