Quando falamos em vida útil de uma empresa, falamos em seguir boas práticas de administração, e, consequentemente, atingir os resultados esperados. Dentro desse contexto, a contabilidade serve como um instrumento de gestão estratégica do empresário, por gerar informações cruciais para a tomada de decisão.
Além de fazer o planejamento tributário, ela
registra efetivamente a vida da empresa, entendendo quais as suas necessidades
naquele momento por meio da análise dos relatórios contábeis e do DRE
(Demonstração do Resultado do Exercício) da organização, garantindo assim, uma
vida útil sustentável.
Toda empresa possui um ciclo de vida. Nasce, cresce
e, se não for bem administrada, corre o risco de morrer. E o contador é a chave
desse processo, pois ele tem justamente o papel de apoiar o empresário na luta
para que a empresa continue crescendo. Geralmente, as etapas desse ciclo são:
#1 - Introdução: o ponta-pé
inicial, quando é necessário organizar as instalações da empresa, contratar e
treinar os colaboradores, comprar estoque e fazer planejamento estratégico.
Nessa etapa, o contador busca orientar todo o processo burocrático de admissão,
entendendo a melhor forma de contratação e de definição do modelo do contrato
do funcionário. O planejamento estratégico também é uma importante tarefa da
contabilidade, traçado por meio do provisionamento das despesas da empresa mês
a mês.
#2 - Crescimento: se dá
quando as operações da empresa começam a gerar um resultado financeiro positivo
e ela passa a ser conhecida no mercado, mesmo sem ser líder. A partir dessa
fase, o contador obtém informações para comprovar se está havendo de fato o
crescimento da empresa, por conta das análises dos relatórios contábeis. Ele
irá gerar as informações para entender se aquilo que ele vê de resultado
financeiro no caixa reflete do ponto de vista operacional contábil e se a
empresa está conseguindo lucrar.
#3 - Maturidade: a empresa
já se sustenta sozinha, dispondo de uma clientela fiel e de uma boa fatia do
mercado, sendo líder em alguns casos. Especialmente nesse momento, o contador
vai analisar o planejamento tributário e entender se a empresa está no melhor
regime ou não de acordo com as tendências fiscais do mercado. Dessa forma, ele
pode auxiliar o empreendedor a ter a menor carga tributária com melhores
resultados.
O contador também gera relatórios para verificar
onde os recursos da organização estão sendo aplicados e fazer uma análise mais
apurada do resultado efetivo. Vale lembrar ainda que, por meio dos dados
levantados, o contador consegue dar à empresa um panorama de sua
responsabilidade social em relação a questões como emissão de carbono, por
exemplo.
#4 - Declínio: eventualmente,
se a empresa entra em uma fase de declínio decorrente de inúmeros fatores como
produtos e serviços ultrapassados, concorrência acirrada, falta de capital de
giro ou má administração, por exemplo, o apoio do contador pode ser fundamental
para a empresa evitar a falência e reagir. Sendo assim, ele pode dar
direcionamentos ao empresário de como gerir melhor os negócios, garantindo a
saúde financeira.
O contador pode apoiar a empresa a partir de uma
análise dos balanços da contabilidade, elaborando um planejamento financeiro
estratégico com base nos números contábeis obtidos ao longo dos meses. Dessa maneira,
pode-se analisar onde a empresa está tendo maior escoamento de dinheiro e,
então, elaborar um plano de contingência sem prejudicar a operação.
Logicamente, tudo isso só é possível com a contabilidade em dia.
Regina Fernandes - perita contábil, trainer em gestão, mentora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PMEs do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital.
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