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Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) alerta para a
importância de cuidados preventivos que ajudam a reduzir os riscos
O Brasil registra, a cada ano, 36,3 mil novos casos de câncer de
cólon e reto (também chamado de câncer do intestino ou colorretal), segundo
estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). São 16,83 casos novos a
cada 100 mil homens e 17,90 para cada 100 mil mulheres. É o terceiro tipo de
câncer mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres. Acomete o
intestino grosso que é dividido entre cólon e reto
Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de
risco. Existe os fatores de risco modificáveis, com suspensão tabagismo e dieta
rica em fibras e os não modificáveis como idade e histórico familiar.
“Os fatores de risco podem influenciar o desenvolvimento do
câncer, mas a maioria não causa diretamente a doença. Ter um fator de risco ou
mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com
câncer colorretal não tem fator de risco conhecido.
Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal:
obesidade, sedentarismo, dieta rica em carnes vermelhas, processadas,
tabagismo, alcoolismo, idade acima de 45 anos, história pessoal de pólipos ou
câncer colorretal, história familiar de câncer colorretal, síndromes
hereditárias”, explica a médica coloproctologista, Ornella Cassol.
O tratamento depende do estágio da doença e da localização do
tumor. As lesões iniciais podem ser removidas por colonoscopia. Os tumores são
tratados por cirurgia, aberta ou videolaparoscópica e quando necessário os
tratamentos são complementados com quimioterapia e radioterapia, dependendo do
estadiamento.
“A colonoscopia é um exame realizado por um aparelho de fibra
ótica, longo (180 cm) e flexível que é introduzido através do ânus e permite a
visualização completa do reto e do cólon. Essa visualização ocorre através de
uma câmera inserida na extremidade do colonoscópio, cuja imagem é enviada para
um monitor, permitindo assim, a análise simultânea do interior do cólon. O
equipamento também permite a inserção de outros instrumentos especiais para a
remoção de possíveis pólipos ou biópsias. O exame é feito sob sedação e
analgesia e permite que o médico examine detalhadamente o cólon. Os riscos do
exame estão vinculados ao sangramento depois da retirada de pólipos, biópsias e
perfuração intestinal”, completa a médica que é membro do corpo Clínico do
Hospital de Clínica de Passo Fundo e Hospital Cristo Redentor de Marau; membro
Titular Gediib (Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil);
coordenadora da Comissão interior RS do Gediib e professora do curso de
Medicina da IMED.
A prevenção passa por hábitos saudáveis de vida. Nenhum alimento
ou dieta pode evitar que a pessoa desenvolva um câncer, mas uma boa alimentação
pode diminuir as chances de aparecimento da doença.
Atividade Física é
fundamental
Além da alimentação é importante observar a atividade física. O
aumento do nível de atividade física reduz o risco de câncer colorretal e
pólipos. A atividade regular moderada reduz o risco, mas a atividade vigorosa
pode ter um benefício ainda maior. Aumentar a intensidade e a quantidade da
atividade física pode ajudar a reduzir o risco. Em geral, as dietas ricas em
vegetais, frutas e grãos integrais, com pouca carne vermelha ou processada,
estão associadas a um menor risco de câncer colorretal. Estudos mostram que há
ligação entre carnes vermelhas ou carnes processadas e o aumento do risco de
câncer colorretal. Limitar o consumo de carnes vermelhas e processadas e
ingerir maiores quantidades de vegetais e frutas pode ajudar a diminuir o risco
da doença.
Prisão de Ventre
Alguns sintomas do câncer colorretal merecem atenção, como
qualquer alteração do hábito intestinal, diarreia e prisão de ventre
alternados, por exemplo. No entanto, independentemente dos sintomas, é
fundamental e imprescindível que o paciente busque acompanhamento profissional
médico. Afinal, esses sinais também podem indicar hemorroidas, verminose,
úlcera gástrica e outros problemas não relacionados ao câncer. O tempo indicado
para regular o intestino com uso de medicamentos depende muito de cada
paciente.
Marcelo
Matusiak
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