A vacinação é a única forma de manter os cães protegidos contra a doença, que evolui rapidamente e não tem cura
Os principais transmissores da doença são morcegos,
guaxinins, gambás e macacos, que contaminam os cães de forma acidental.
“O contágio ocorre por meio da troca de secreções, contato sanguíneo ou
mordida. Como a doença causa agressividade, a mordida é a principal forma dos
animais infectados, passarem o vírus adiante. Porém, se o pet tiver um
ferimento na pele e entrar em contato com secreções contaminadas ele também
pode se infectar”, explica o médico-veterinário e gerente técnico da Unidade de
Pets da Ceva Saúde Animal, Claudio Rossi.
O vírus age primeiro no sistema periférico do cão, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas.
A salivação excessiva, comumente associada a raiva
canina é apenas um dos sinais apresentados pelo pet. Os primeiros sintomas da
doença aparecem cerca de 3 a 6 semanas após o contágio. A evolução do quadro
clínico se divide em dois estágios, popularmente conhecidos, como raiva
furiosa e raiva paralítica.
“Na primeira fase, os animais apresentam alterações
comportamentais, como medo, excitação, depressão, e principalmente
agressividade que é um dos sintomas mais comuns da patologia. Essa fase dura em
média quatro dias. Após esse período, os sintomas neurológicos se acentuam. O cão
pode apresentar dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta de
coordenação nos membros e paralisa. Os sintomas da doença apresentam-se lenta e
progressivamente, mas são inevitavelmente fatais”, detalha Claudio.
A raiva canina não tem cura, apenas há
tratamento para a enfermidade em humanos e as chances de cura são mínimas com
muitas sequelas neurológicas. Por isso, a vacinação é a única forma de manter
os animais protegidos. No caso dos filhotes, é indicada a vacinação contra a
raiva a partir do quarto mês de vida. Depois, será necessário imunizar o animal
anualmente, junto com as demais vacinas indicadas pelo médico-veterinário. Quem
adotou um pet adulto e não sabe seu histórico de imunização também deve
procurar orientação de um profissional para deixá-lo protegido.
“É importante reforçar que a revacinação anual deve
ser realizada dentro do prazo indicado pelo médico-veterinário. Atrasar ou não
realizar a imunização do pet o deixará vulnerável para o contágio pelo vírus da
raiva” finaliza Claudio.
Ceva Saúde Animal
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