Só em
junho, o País foi o quarto com mais detecções de arquivos maliciosos (malwares)
no mundo, atrás de China, Japão e Estados Unidos
O Brasil foi um dos
principais alvos de ataques cibernéticos direcionados a aplicativos de internet
banking e de dispositivos de PoS, como são conhecidas as maquininhas de cartão,
no primeiro semestre deste ano. Foi o que apontou o estudo Fast Facts, da Trend
Micro, líder global em cibersegurança e segurança em nuvem. O País também foi
um dos principais alvos de ataques em outras frentes, como mensagens
eletrônicas e ransomware.
De acordo com o relatório
elaborado pela companhia, o número de ataques cibernéticos com o objetivo de
roubar dados bancários e de cartões de crédito de usuários foi de 3 mil nos
seis primeiros meses do ano - pouco acima dos 2,9 mil observados no mesmo
período de 2019. Só em junho, o País foi o quarto com mais detecções de
arquivos maliciosos (malwares) no mundo, atrás de China, Japão e Estados
Unidos. Já nos dispositivos PoS, o número de ocorrências no Brasil teve
crescimento de mais de 350% nos seis primeiros meses do ano em relação ao mesmo
intervalo de 2019, sendo o terceiro principal alvo de atacantes cibernéticos em
junho - atrás de Estados Unidos e Turquia.
O estudo da Trend Micro
também mostrou que a pandemia da covid-19 elevou as ameaças cibernéticas no
Brasil no primeiro semestre deste ano. Segundo o relatório Midyear Cybersecurity Roundup,
elaborado pela companhia, foi analisado o panorama da segurança cibernética no
período e verificou-se que o Brasil foi um dos principais países alvos desses
ataques.
Nos seis primeiros meses
do ano, o País foi o oitavo que mais recebeu ameaças por e-mail com temas
relacionados ao novo coronavírus. No total foram 132 mil mensagens eletrônicas
contendo algum tipo de arquivo malicioso. No mundo, os países que mais
receberam ameaças desse tipo foram Estados Unidos, Alemanha e França. Já
considerando todas as ameaças por e-mails detectadas pela Trend Micro, o Brasil
teve mais de 447 mil mensagens eletrônicas maliciosas no período, sendo o
sétimo principal alvo dos atacante no mundo.
Segundo Cesar Candido,
Diretor de Vendas da Trend Micro na América Latina, a pandemia do novo
coronavírus fez com que os atacantes cibernéticos encontrassem uma brecha a
partir de um momento de ampla fragilidade. "É importante que as empresas e
os consumidores fiquem atentos para não serem alvos de ameaças cibernéticas
dessa natureza. Manter seus sistemas seguros e ter cautela ao abrir conteúdos
suspeitos é essencial nesse momento atípico em que estamos vivendo",
afirma.
Em todo o mundo, nos seis
primeiros meses do ano, a Trend Micro bloqueou 8,8 milhões de ameaças desse
tipo, das quais quase 92% baseadas em e-mail. Entre janeiro e junho, os
cibercriminosos mudaram seu foco para se aproveitar do interesse global na
pandemia. O risco para as empresas foi agravado por falhas de segurança criadas
por uma força de trabalho completamente remota.
As detecções de comprometimento
de e-mail corporativo (BEC, na sigla em inglês) aumentaram 19% em todo o mundo
em relação ao apurado no segundo semestre de 2019. Isso decorre em parte da
maior exposição de pessoas, durante trabalho em home office, às técnicas de
engenharia social.
Entre todas as ameaças, o
ransomware foi um fator constante. Embora o número de ameaças dessa natureza
detectadas tenha diminuído, a Trend Micro relatou aumento de 45% nas novas
famílias desse tipo de ataque em comparação com o constatado no mesmo período
do ano passado.
As organizações globais
também foram sobrecarregadas por um aumento significativo nas vulnerabilidades
recém-divulgadas. A Zero Day Initiative (ZDI), da Trend Micro, publicou um
total de 786 alertas, representando aumento de 74% em relação ao registrado no
segundo semestre de 2019. Algumas delas vieram como parte das atualizações do
Microsoft Patch Tuesday, que repararam média de 103 vulnerabilidades e
exposições comuns (CVEs) por mês até agora neste ano – incluindo o maior número
de patches já emitidos em um único mês – 129, em junho.
A Trend Micro também
observou aumento de 16% nas vulnerabilidades reveladas em sistemas de controle
industrial (ICS) em comparação com dados do primeiro semestre do ano passado.
Isso pode criar grandes desafios para os proprietários de fábricas inteligentes
e outras organizações que executam ambientes IIoT.
Trend Micro
www.trendmicro.com
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