Inteligência
Artificial já faz 98% das classificações contábeis na ROIT. Segundo sócio e CEO
da empresa, automatização será ainda mais intensa com mudanças decorrentes da
reforma tributária.
A inteligência artificial rompeu os muros das
instituições acadêmicas e de pesquisa, e em várias atividades robôs já
substituem o trabalho humano. Entre elas, as do setor de contabilidade. A
automatização em processos contábeis é realidade, e a tendência é de que se
intensifique, com a provável reforma tributária, que vai estimular empresas a
migrarem de regime fiscal, exigindo atuação mais estratégica dos departamentos
de contabilidade.
A análise é do especialista Lucas Ribeiro, sócio e
CEO da ROIT Consultoria e Contabilidade, empresa com sede em Curitiba. A ROIT
recentemente tornou-se uma accountech, e é uma das referências no país em
automatização dos processos. Atualmente, boa parte do trabalho é executado
pelos robôs fiscal e contábil desenvolvidos pela ROIT. São 8 milhões de
lançamentos já classificados e mais de 1,8 bilhão de cenários tributários por
meio de inteligência artificial.
“Estamos chegando perto de atingir a marca de 2
bilhões de cenários tributários, algo impensável se não fosse a inteligência
artificial. A contabilidade está em extrema transformação, deixando de ser
operacional e passando a se tornar cada vez mais estratégica, como deve ser”,
sublinha Lucas Ribeiro, ao relacionar o caso da ROIT com o movimento inevitável
de automatização do mercado de contabilidade.
REFORMA TRIBUTÁRIA
O executivo explica que a reforma tributária em
tramitação no Congresso Nacional, e que tem chances reais de ser aprovada e
implementada, estimulará as empresas a migrarem dos regimes Simples Nacional e
Lucro Presumido para o regime Lucro Real. Ocorre que esse regime tributário
exige lançamentos completos, pois a apuração do IBS (imposto sobre bens e
serviços) fará com que as empresas peguem notas ficais de todas as suas
aquisições e tenham que contabilizá-las em tempo recorde. A automatização,
portanto, será imprescindível para que essa atuação seja exercida com
eficiência e eficácia.
“A inteligência artificial teve um primeiro momento
quando se tratava de uma descoberta, de objetos de pesquisas, de hipóteses de
aplicabilidade. Hoje vive um segundo momento: não é mais uma hipótese, é
prática. E não sou eu quem estou dizendo. Em ‘Inteligência Artificial’, Kai-Fu
Lee, um dos maiores nomes no assunto, que foi CEO e o fundador do Google China,
aponta que esse caminho já é realidade”, argumenta Lucas Ribeiro, citando uma
das falas do autor: “a transformação provocada pela inteligência artificial
equipara-se com a invenção da energia elétrica’”.
A ROIT é especializada em atender empresas que
estão inseridas no regime tributário Lucro Real. De acordo com levantamento da
consultoria, essas empresas representam atualmente apenas 3% do total de
organizações no Brasil que demandam por serviços contábeis. Por outro lado, é
nesse nicho que está a maior oportunidade de faturamento para escritórios e
profissionais de contabilidade: 62% do potencial de receita para o mercado vem
das empresas no Lucro Real.
Para aproveitar esse potencial, sublinha Lucas
Ribeiro, as empresas de contabilidade precisarão investir em automatização e
profissionais espetaculares. A ROIT iniciou um processo seletivo, nesse momento
para apenas 30 escritórios de contabilidade no Brasil, que passarão a utilizar
sua inteligência artificial, também com RPA (robotic process automation) em
processos extremamente otimizados. Uma oportunidade para aqueles que desejam
atingir empresas maiores e mais complexas.
ROIT
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