A migração para
uma infraestrutura na nuvem é a chave mestra para o setor atingir a tão
esperada maturidade da transformação digital
No mar revolto em que se transformou o mercado
global, era plausível admitir que o segmento automobilístico fosse impactado
pela pandemia do novo coronavírus. No mês de abril, foram 51.4 mil
emplacamentos de novos carros, 67% a menos do que o mês anterior e a previsão
para o 2º trimestre de 2020 é fechar com 295 mil unidades vendidas, perfazendo
uma queda de 45% na comparação com o primeiro trimestre deste ano, segundo
dados da Brigth Consulting, especializada no segmento automotivo. Devido às
medidas para conter o avanço do vírus, como fechamento do comércio e a
paralisação das fábricas, o setor vem sofrendo uma grande queda desde o começo
da quarentena, iniciada em meados de março. Esses dados são reflexos dessa
situação.
A crise da covid-19 acertou em cheio o mercado
automotor do país e não é possível prever, com exatidão, as implicações desse
impacto para o futuro. Talvez tenhamos uma desaceleração das atividades, ou
ainda, sendo mais otimista, teremos uma recuperação lenta. Certo mesmo é que as
empresas do setor que vão conseguir gerenciar este momento negativo e superar a
crise, farão isso graças a uma mudança radical de processos, baseada em uma
estratégia de transformação digital.
E a chave para entrar de vez na era da
digitalização é o investimento em ERP na nuvem. Os fabricantes de discos de
freio, bielas, limpador de para-brisas e outras peças automotivas precisam de
um ERP personalizado e altamente configurável com as suas demandas. Além disso,
um sistema de informação que interliga todos os dados e processos de uma
organização baseado na nuvem oferece maior integração não apenas ao ambiente
interno, mas também com as interfaces de toda a cadeia produtiva, envolvendo
clientes e fornecedores.
Melhora a gestão de dados
Uma das vantagens de um ERP na nuvem é melhorar a
gestão dos dados, pois aumenta o controle e acuracidade das informações.
Montadoras e provedores têm contratos com SLAs bem rígidos. E na maioria das
vezes, a gestão desses documentos é feita de forma manual. O resultado é que toda
e qualquer inconsistência ou atraso na entrega dessa documentação incorre em
multas altíssimas. Daí a preocupação das empresas de trabalharem com um sistema
integrado, flexível e que ofereça segurança na comunicação das informações.
Além de eliminar custos com infrações.
Garantir a segurança na hora de fazer a transição
das informações é uma necessidade para atender as exigências da EDI (Electronic
Data Interchange), protocolo eletrônico que permite a troca de mensagens entre
fabricantes e montadora. O EDI se tornou essencial para alcançar o just in
time da cadeia logística automotiva, pois ele fornece agilidade no
processo de produção das organizações.
Agilidade e otimização de custos são premissas
básicas na corrida pela adoção de nuvem no mundo corporativo. De acordo com o
Gartner, até 2024, todas as aplicações migradas para a infraestrutura cloud
exigirão uma arquitetura de dados mais econômica, capaz de oferecer maior
desempenho e mais eficiência.
A produtividade também é elevada para outra escala
quando a companhia está utilizando os recursos da computação na nuvem. Produzir
somente a quantidade necessária para cada pedido, cumprir atividade na época
certa, produção enxuta e redução de estoque. Todos esses são ganhos efetivos
quando se tem um sistema que olha para a produção de forma racional e
eficiente. É o fim do desperdício.
O ERP baseado na nuvem é a grande oportunidade de
transformar os negócios de toda a cadeia automotiva. Pois é uma tecnologia que
garante maior eficiência, redução de custos, otimização de estoque, bem como a
proteção exigida pelos protocolos de conversação. Essa é a versatilidade que os
fornecedores automotivos precisam ter para as atuais demandas e para o futuro
do seu negócio.
Marcelo Emoto - Solution Consulting na Infor
Karlos Rabello - Gerente de Canais da Infor
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