Ao
findar um ano desgastante de uma rotina nem um pouco fácil, enfim chegam as tão
esperadas férias escolares. O que para as crianças é um sonho de consumo, para os
pais pode ser um tormento: o que fazer com tanta energia dentro de casa?
Na
teoria, os pais planejam várias atividades em família: idas ao shopping,
piqueniques no parque, brincadeiras no parquinho do condomínio, jogos de
futebol juntos, contação de histórias e outros programas que parecem ser
suficientes para satisfazer a necessidade de gasto de energia. Na prática, o
planejamento e preparação dos pais não supre nem as primeiras semanas. A falta
de uma rotina e, muitas vezes, de limites, acaba frustrando os pequenos foliões
e gerando um conflito familiar.
A
rotina anual dos pais, que não é nada fácil, somada à necessidade de se
trabalhar enquanto os filhos estão de férias sem ter com quem deixar os
pequenos tem se tornado um problema recorrente nas famílias brasileiras.
Calma!
Há uma luz no fim do túnel: as colônias de férias.
Entre
dezembro e janeiro, grande parte das escolas particulares, clubes, secretarias
de esporte e lazer dos municípios, associações e empresas do Sistema “S” (Sesc,
Sesi, entre outros) oferecem atividades recreativas para garantir que as
crianças tenham onde descarregar as energias acumuladas e que os pais possam
trabalhar despreocupados. Quem pensa que colônia de férias é só brincadeira,
pode se surpreender com o que esta atividade oferece aos pequenos de todas as
idades. Para além da pura diversão, estes momentos promovem a socialização, o
aprendizado, a aquisição de habilidades motoras e cognitivas e o cultivo de
novas amizades.
As
colônias de férias também incrementam o mercado de trabalho temporário,
oportunizando aos profissionais e acadêmicos de Educação Física e áreas afins
(Hotelaria, Pedagogia, Letras, Artes) uma fonte de renda ou até mesmo o início
de uma nova carreira. O campo de trabalho para monitores de recreação aumenta
exponencialmente neste período, sobretudo se considerarmos o grande número de
hotéis e resorts que oferecem este serviço aos seus hóspedes.
Para
as famílias que não têm condições de arcar com esta despesa extra, o jeito é se
desdobrar para que as férias de seus filhos não sejam monótonas. A tentação de
deixar as crianças na casa dos avós é grande, mas é necessário um pouco de
criatividade e muito jogo de cintura para não sobrecarregar os “bons
velhinhos”. Ao invés de enxergar as férias escolares como um fardo pesado, os
pais podem ver neste período uma oportunidade de compartilhar momentos de
qualidade com seus filhos, fortalecendo vínculos e criando uma coleção de
memórias afetivas.
Criança
é sinônimo de alegria! Aproveite para mostrar que esta festa é mais completa
quando tem a participação de todos.
Boas
férias!
Carlos
Alberto Holdefer - professor especialista nos cursos de Licenciatura e
Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.
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